A Petrobras planeja fechar o formato da sua volta à refinaria de Mataripe, da Acelen, em junho ou julho deste ano, disse na terça-feira, 7, nos Estados Unidos, o presidente da estatal, Jean Paul Prates. O fechamento do negócio, porém, ainda deve levar mais meses, conforme disse ao Broadcast o diretor financeiro Sérgio Caetano Leite.
Desde o fim do ano passado, a Petrobras negocia uma volta ao negócio de refino tradicional na Bahia, além da construção de uma biorrefinaria em sociedade com a Acelen, também naquele Estado.
“As negociações com a Acelen acontecem em duas bandas diferentes, para a refinaria e para biorrefinaria. O processo de volta da Petrobras à refinaria (de Mataripe) é bem real, já a biorrefinaria ainda é um projeto. Mas temos 70 pessoas envolvidas nisso para dar gás muito grande (na negociação com a Acelen)”, disse Prates.
O presidente da Petrobras falou a jornalistas em Houston, nos Estados Unidos, por ocasião da Conferência de Tecnologia Offshore (OTC), o maior evento do setor de óleo e gás no mundo.
Segundo Prates, o processo de análise da refinaria de Mataripe está na parte final e caminha mais rápido por se tratar de um ex-ativo da estatal, portanto bem conhecido. “O que toma mais tempo é a parte de biocombustível, por ainda ser um projeto”, disse.
Embora as negociações para as duas frentes tenham começado no mesmo momento, tratam-se de projetos independentes. “Não tem isso de um só sair se o outro sair”, disse Prates.
Ao Broadcast, Caetano Leite disse haver dúvidas sobre o formato dos dois negócios e a companhia ainda estuda qual será o mais lucrativo, inclusive do ponto de vista tributário.
Pode haver participação direta, abertura de subsidiária específica, criação de uma joint venture, entre outras, disse Leite. Ele disse que o martelo será batido neste ano, mas que o closing tende a demorar mais, lembrando que só a venda da refinaria, processo mais simples, demorou 18 meses.
Estadão