O planejamento para sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e um promotor de Justiça, por parte do PCC vinha sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo desde o fim de janeiro deste ano. O objetivo dos criminosos era matar Moro, a mulher dele, Rosangela, e os filhos do casal.
Depois de descobrir o plano, o MP de São Paulo compartilhou as informações com a Polícia Federal. De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC.
O promotor alvo do PCC era o Lincoln Gaykia, do MP de São Paulo em Presidente Prudente. Ele é o principal investigador da facção criminosa no país.
O grupo do PCC responsável pela operação era a Sintonia Restrita. É uma espécie de “setor de inteligência” que funciona como uma ampla rede de criminosos.
Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília. Enquanto isso, no pacote anticrime proposto por Moro, havia a proibição da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com os seus advogados, em presídios federais. Isso teria irritado profundamente o PCC e outras facções criminosas.
Informações Metrópoles