Com a substituição das aulas presenciais pela modalidade a distância, muitos pais se viram em casa com os filhos, com uma série de atividades online enviadas pelas escolas, e boa parte deles sem a mínima condição de orientá-los.
Entretanto, o principal dilema é como organizar a rotina de estudos dos filhos, bem como convencê-los de que não estão de férias.
É nesse momento que compreendemos a importância e a necessidade da presença dos profissionais da educação na formação dos nossos filhos.
No Brasil, apesar do nome homeschooling ser novo, a prática é velha, basta recordarmos a contratação das professoras para ensinar as crianças em casa, especialmente, os filhos de famílias mais abastadas. Só com o passar dos tempos a obrigatoriedade da matrícula escolar foi sendo implementada, mais precisamente, com o advento da Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que no seu art. 6º preleciona:: É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade, sob pena de ações judiciais”.
No ano passado (2019), o Supremo Tribunal Federal com base no art. 205, da nossa Carta Magna, considerou que a atual legislação não permite o ensino exclusivamente em casa.
A pergunta é: Qual a família que não está sentindo falta da escola, e consequentemente, dos profissionais da educação?
Será que toda família tem pais em condições de transmitir os conhecimentos sistemáticos para os seus filhos? Ou condições financeiras para contratar um tutor?
Eu tenho plena convicção de que, após essa tormenta causada pela pandemia, os profissionais da educação serão mais valorizados e reconhecidos.
Antonio José é professor e advogado
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