No voto aprovado pelo plenário do TCU, o ministro Augusto Sherman ressalta que até agora as auditorias identificaram um rombo de R$ 12 bilhões nos financiamentos de obras em países amigos do PT.
Mas esse valor pode chegar a R$ 21 bilhões, caso se mantenha em 50% a média de recursos desviados em cada empreendimento.
“As informações relativas ao conjunto de financiamentos à exportação de serviços de engenharia demonstram que esse estado de coisas se repetiu independentemente do tipo de obra, dos países ou de empresas envolvidas”, ressalta Sherman.
Em julho, O Antagonista havia antecipado o possível desvio.
Além de rodovias, como publicamos há pouco, o tribunal já concluiu as auditorias sobre financiamentos do BNDES à exportação de serviços para obras de geração e transmissão de energia elétrica, obras de infraestrutura urbana e obras de portos e estaleiros.
Em todas, o desvio médio também foi de 50% dos recursos desembolsados.
“Extrapolando-se esse percentual para o montante total de operações contratadas, o desvio de finalidade pode ter atingido o montante de R$ 21 bilhões”, escreve o ministro-relator. Segundo ele, “as falhas e irregularidades observadas ocorreram durante 10 anos, reiteradamente”.
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