A Petrobras viu seu valor de mercado encolher em R$ 53 bilhões até as 13h desta sexta-feira (8), marcando o primeiro dia de negociação após a revelação de seu balanço na noite de quinta-feira (7).
As ações da Petrobras apresentaram uma queda significativa desde a abertura do mercado. Por volta das 11h, as ações ordinárias registraram uma baixa de 12%, sendo negociadas a R$ 36,24, enquanto as ações preferenciais tiveram uma desvalorização de 11%, cotadas a R$ 35,95. Esses movimentos colocaram ambos os tipos de ações entre os maiores declínios do Ibovespa, que, no mesmo momento, operava com uma queda de 1,45%, situando-se nos 126.479 pontos.
Caos pós-balanço
A queda nas ações da Petrobras, que resultou em uma perda de R$ 53 bilhões em valor de mercado até as 13 horas desta sexta-feira (8), segue a divulgação do balanço da companhia, na qual foi reportada uma redução de 33,8% no lucro de 2023 em comparação ao ano anterior, 2022. Além disso, a empresa anunciou um pagamento de dividendos menor do que o esperado pelo mercado, o que contribuiu para o movimento de desvalorização.
Essa tendência de baixa no valor das ações já era observável antes mesmo da abertura do pregão na Bolsa de Nova York, quando, por volta das 7h desta sexta-feira, os ADRs (American Depositary Receipts, ou recibos de ações negociados em mercados internacionais) da Petrobras apresentaram uma queda de 10,72%.
Queda do lucro
Em 2023, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, marcando uma queda de 33,8% em relação aos R$ 188,3 bilhões alcançados em 2022. Esse resultado ficou abaixo das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam um lucro em torno de R$ 127 bilhões.
A companhia também anunciou que seu Conselho de Administração recomendou a distribuição de dividendos na ordem de R$ 14,2 bilhões, excluindo possíveis dividendos extraordinários. Essa decisão será submetida à aprovação durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO), agendada para 25 de abril.
Contrariando as previsões de mercado, que eram mais otimistas quanto aos dividendos a serem distribuídos. Especificamente, analistas do JP Morgan esperavam anúncios de dividendos extraordinários na faixa de US$ 2,5 bilhões a US$ 4 bilhões, além de um mínimo previsto de US$ 3,4 bilhões em dividendos.
Segundo Rivero, o total de dividendos pagos aos acionistas em 2023 representou uma redução de 49,5% em comparação com o ano de 2022, quando a estatal pagou R$ 98,1 bilhões em dividendos. Este montante foi significativamente menor do que os R$ 194,6 bilhões distribuídos no ano anterior.
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