A partir do mês de maio até a presente data, o município de São Francisco do Conde, distante 67 km da capital baiana, notificou 714 casos SUSPEITOS de doenças como a dengue, chikungunya e doença exantemática indeterminada – DEI, a qual corresponde ao novo vírus circulante, intitulado Zika Vírus. Desse total, 26 pessoas foram CONFIRMADAS com a dengue e 01 caso refere-se à chikungunya. Diante do exposto, a Prefeitura vem intensificando as ações de combate ao mosquito transmissor das doenças, o aedes aegypit, visando garantir a saúde da população. Entre os serviços mais ostensivos estão as visitas domiciliares feitas por profissionais qualificados, mutirão de limpeza, e a aplicação de inseticida com o carro fumacê em locais onde foram averiguados a necessidade de intervenção.
Na última quinta-feira, dia 16 de julho, iniciou o mutirão de limpeza casa a casa em todos os bairros do município, com uma equipe de 50 agentes de limpeza, que estão dirimindo ações de combate aos focos do mosquito. Além disso, a Secretaria Municipal da Saúde (SESAU) também está intensificando as ações através do envio diário de técnicos de laboratório aos domicílios para realizarem a coleta de sangue de pessoas com uma das supostas doenças, para que sejam feitos os exames específicos, visando à identificação das moléstias.
Com relação ao fumacê, as ocorrências registradas no município foram comunicadas a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) que, após avaliação, autorizou e executou a aplicação de inseticida através do sistema Ultra Baixo Volume – UBV pesado, também conhecido como carro fumacê, nos bairros de São Bento, Centro, Nova São Francisco, Santa Rita, Baixa Fria e Monte Recôncavo. Esta aplicação de inseticida atende a rigorosos critérios e é feito apenas em áreas cuja incidência da doença esteja elevada e comprovada laboratorialmente. Os demais bairros, caso venham a se configurar como necessários, conforme o perfil dos requisitos, também serão contemplados com a ação.
“Se o fumacê for utilizado de forma indiscriminada, ele pode ser prejudicial e não vai eliminar os focos do mosquito. Este trabalho é muito técnico e feito de forma rigorosa, sendo aplicado apenas em locais onde muitas pessoas adoeceram, visando não prejudicar a saúde da população”, explica Reinaldo Xavier, gerente da Vigilância Epidemiológica. Ele também explicou que a melhor forma de combater o mosquito e consequentemente evitar as três doenças já mencionadas é cada morador fazer a sua parte, cuidando da sua casa, evitando assim água parada, principalmente nos quintais, pois 88% dos focos de aedes aegypti no município são encontrados em depósitos destinados ao armazenamento de água. “Não adianta fazer uso de inseticida se a população não evitar os focos, essa é a ação principal. A aplicação de inseticida de forma desordenada não resolve o problema e ainda pode prejudicar a população e o meio ambiente. O que resolverá é a mobilização das pessoas em não deixar água parada, seja ela suja ou limpa”, declarou.
Na área da assistência, os profissionais do Hospital Docente Assistencial Célia Almeida Lima (HDACAL) e das unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) estão se empenhando ao máximo para garantir o melhor atendimento possível. O hospital dispõe de neurologista a nível ambulatorial para dar suporte aos casos avançados da doença e a emergência tem atendido a toda demanda de pacientes que procuram a unidade, 24 horas por dia.
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