A reprovação da presidente Dilma Rousseff aumentou para 71%, aponta a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (6) pelo jornal Folha de S. Paulo. O índice superou as piores taxas registradas pelo ex-presidente Fernando Collor em 1992, às vésperas do processo de impeachment.
Na pesquisa anterior, na terceira semana de junho, 65% dos entrevistados avaliaram o governo Dilma como ruim ou péssimo. O grupo dos que consideram o desempenho da petista ótimo ou bom variou para baixo, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Em junho, 10% dos entrevistados mantinham essa opinião. Agora somam 8%. Quanto a um pedido de impeachment, 66% dos entrevistados concordaram quando perguntados se o Congresso deveria abrir um procedimento formal de afastamento da presidente.
Em pesquisa divulgada em abril, somente 63% concordava. Estes foram os piores números registrados pela Datafolha desde que o instituto começou a realizar pesquisas em âmbito nacional, em 1990, durante o governo Collor. O senador era até então o recordista de impopularidade, com apenas 9% de aprovação e 68% de reprovação na véspera do seu impeachment em setembro de 1992.
Centro-Oeste é a região que mais reprova o governo Dilma
A maior taxa de reprovação registrada durante esta última pesquisa foi na região Centro-Oeste, com 77%. Já no Sudeste e no Sul do Brasil, 73% dos entrevistados consideraram o atual governo ruim ou péssimo. A aprovação de Dilma também é baixa no Nordeste.
Somente 10% dos brasileiros consultados pela Detafolha consideraram o governo como ótimo ou bom. Já 66% consideram a administração atual como ruim ou péssima. Ainda no Nordeste, 67% dos entrevistados apoiam o impeachment.
A taxa cai para 65% no Sul e Sudeste, enquanto o Centro-Oeste lidera a pesquisa com 74% dos consultados aprovando um pedido de afastamento da presidente. Com as novas taxas, Dilma passa a ser a presidente com a pior taxa de impopularidade desde a redemocratização do Brasil.
O levantamento da Datafolha foi feito entre os dias 4 e 5 de agosto com 3.358 entrevistados em 201 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Fonte: Correio.
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