Representantes dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA) negaram a possibilidade de que o processo de afastamento de Dilma Rousseff seja um golpe. Durante debate da entidade realizado nesta quarta-feira (18), Michael Fitzpatrick destacou que dois processos semelhantes já aconteceram em seu país. “Há um claro respeito pelas instituições democráticas, uma clara separação de poderes, vigora o Estado de Direito e há uma solução pacífica das disputas. Nada disso se parece com o caso da Venezuela e essa é nossa preocupação”, disse. A declaração aconteceu em resposta ao posicionamento de representantes da Venezuela, de Honduras e da Bolívia, que classificaram o processo político no Brasil como golpe. Em sua interferência, o embaixador do Brasil na OEA defendeu que “os direitos sociais e as conquistas da sociedade brasileira estão plenamente assegurados”. Mais cedo, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da OEA, revelou preocupação com um “retrocesso” da gestão de Michel Temer no Brasil. Um comunicado fala que uma composição do novo governo sem negros ou mulheres mostra que “mais da metade do país não está representada”.
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