Um grupo de trabalhadores do setor de entretenimento estão manifestando em frente à Prefeitura de Salvador na manhã desta terça-feira (23). Vestidos de preto, a categoria quer chamar atenção do executivo municipal para dar apoio aos trabalhadores parados há mais de um ano por conta da pandemia da COVID-19.
Com o endurecimento das medidas restritivas e aumento do número de casos da doença no estado, a categoria pede sensibilização dos poderes públicos. Aproximadamente 50 manifestantes estavam no local na quarta manifestação da categoria de cantores, atores, músicos, dentre outros.
Ao BNews, o artista Hebert Hakan destacou que a classe movimenta a cidade o ano inteiro levando alegria e pleiteia atenção especial nesse momento de fragilidade. “Sabemos do coração de origem humildade do prefeito e que ele vai buscar meios de nos ajudar. Mas precisamos cobrar um auxílio, para além das cestas básicas, peço que o Ministério Público possa se unir com a gente para apurar o que aconteceu com a lei Aldir Blanc distribuído para alguns artistas, a luta está difícil e tem colegas pensando, inclusive, em suicídio”, lamentou.
Já Paulo Almeida, cantor e locutor de lojas crava que nesses estabelecimentos são ofertados equipamentos de proteção individual, bem como álcool gel, tudo que é preciso para se trabalhar, assim como médicos em hospitais.
“Fomos os primeiros a parar e provavelmente seremos os últimos a volta após a pandemia, na campanha política Bruno Reis prometeu que iria olhar pela classe artística e até hoje não fez, viemos aqui para cobrar e em massa, acho que ele não esperava que fôssemos nos unir dessa forma”, disse.
Almeida criticou ainda os vereadores e deputados que possuem cotas, por exemplo, para o carnaval em patrocinar os artistas, mas ninguém, até o momento, concedeu valores para ajudar a categoria.
Já Leandro Neves, um dos líderes do movimento, afirmou que estão prontos para levar para a mesa do prefeito e outras autoridades, propostas pertinentes para beneficiar os músicos da noite, que, de acordo com ele, não foram assistidos pela verba da Aldir Blanc. “A maioria dos grupos afros receberam os benefícios da lei Aldir, mas os artistas de médio e pequeno porte, que atuam na noite da cidade, não ganharam nada. Estamos aqui com um discurso reto, sem agressividade, respeitando o protocolo exigido, pois queremos ser ouvidos”.
Por Brenda Viana/Aline Reis
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