Prefeito reeleito de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, com 83%, Júnior Marabá (PP) avaliou o resultado das eleições municipais deste ano no Estado. Também falou, em conversa exclusiva com o Informe Baiano, em Salvador, sobre o cenário para 2026, ano que acontecem as disputas para governador e presidente, além de senador, deputado estadual e deputado federal. A conversa foi em um hotel da capital, no inicio de novembro.
Em 2022, Marabá foi o cabo eleitoral que mais conseguiu colocar, proporcionalmente, votos na conta de ACM Neto, que perdeu para o petista Jerônimo Rodrigues. Em LEM, o líder estadual do União Brasil obteve 70,4% dos votos.
Marabá disse que é preciso “atender as necessidades da população” e demonstrou preocupação com os rumos do grupo oposicionista. Ele não declarou que apoiará a reeleição de Jerônimo Rodrigues (PT), mas apontou que uma aproximação com a gestão estadual é “necessária”, já que não consegue enxergar um projeto que resulte em uma frente ampla pela Bahia. Também evidenciou que a falta de diálogo do possível candidato ao Governo, ACM Neto, com os municípios e suas lideranças, gera dificuldades.
“Quando se avalia questões políticas, principalmente perante o período eleitoral, de fato, quem está em mandato tem mais vantagens para disputar um pleito. Quem está na oposição tem que ser mais assertivo, tem que ser mais cuidadoso, tem que ser mais atencioso e mais próximo. Isso não acontece hoje em relação a Oposição ao Governo do Estado da Bahia. Por mais que existam erros de ambos os lados, quem está na cadeira acaba estando mais fortalecido para uma disputa. A oposição não corrige seus erros para disputar um pleito futuro de 2026”, cobrou.
O líder do PP no Oeste ratificou que a fala trata-se de uma “análise de momento” e admitiu que o PP “tem se aproximado, sim, do Governo do Estado”. Isso acontece, conforme Marabá, porque há uma “necessidade para atendimento dos seus municípios e sua base”, que precisam “estar mantendo seus projetos”.
“Você não tem hoje um um porquê de estar fazendo uma oposição ao Estado. Nós não temos esse candidato para fazer essa oposição. Nós não temos essa convicção de que em 2026 nós teremos esse personagem, esse protagonista, visto que nós não tivemos nenhuma liderança entrando para dentro dos municípios nessa campanha de 2024. Nós não tivemos ninguém fazendo esse trabalho junto a esses municípios, pensando em 2026. Nós não tivemos ninguém”, desabafou.
Informações Informe Baiano