A Odebrecht pagou cerca de R$ 500 milhões por meio de caixa dois a diversos partidos políticos nas eleições de 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014, conforme informações do jornal Valor Econômico. Segundo a publicação, os executivos e ex-executivos do grupo se comprometeram em breve a relatar detalhes e a entregar documentos que comprovem esses pagamentos. .
Os cerca de 40 potenciais empregados da Odebrecht que buscam acordo de delação premiada com a Operação Lava-Jato firmaram o compromisso de revelar todos os detalhes que dispõem sobre a dinâmica de pagamentos destinados a abastecer o caixa dois partidário de diversas legendas durante as cinco eleições seguidas. Entre os delatores está Marcelo Bahia Odebrecht, ex-presidente do grupo e herdeiro da maior construtora do país. Além dele buscam a condição de delator dirigentes do alto escalão da empresa.
As negociações chegaram a contar com cerca de 100 executivos na lista de potenciais delatores, mas procuradores e advogados concordaram que seria impraticável tomar depoimentos de tamanha quantidade de pessoas.
De acordo com o Valor, os executivos e ex-executivos da companhia também se comprometeram a esclarecer uma planilha que lista cerca de 300 nomes de políticos ligados a diferentes partidos encontrada nas buscas feitas pela Polícia Federal (PF) na casa do então presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro, durante a fase Acarajé, a 22ª etapa da Lava-Jato, deflagrada em fevereiro.
Os candidatos a delatores também concordaram em entregar informações sobre irregularidades em obras no exterior, incluindo o esquema de pagamento de propinas usado pela Odebrecht em outros países. Procurada, a assessoria de imprensa disse que a Odebrecht não se manifesta sobre o assunto.
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