O Síndico dos Médicos da Bahia, em sua página pessoal, repúdio as palavras do ex-governador do estado e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que, em entrevista, disse que os gestores públicos precisam pisar no calcanhar e fungar no cangote dos servidores para que sejam mais eficientes. Confira!
Em recente entrevista à Rádio Metrópole, no dia 11.03.24, o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, disse com todas as letras que os gestores públicos precisam “pisar no calcanhar” e “fungar no cangote” dos servidores para que sejam mais eficientes.
O Sindimed-BA, porta-voz dos médicos da Bahia, vem a público DENUNCIAR e REPUDIAR essa fala, que é um DESRESPEITO, um evidente ASSÉDIO MORAL, que soa com um CHICOTEAR nas costas de um grupo enorme de NOBRES profissionais.
Os médicos que atuam no serviço público tem como finalidade maior CUIDAR DO OUTRO, deixando em segundo planos, muitas vezes, o seu próprio bem-estar, colocando em risco a sua saúde e a de sua família, como o fizeram durante a pandemia de Covid19, tão corajosamente e com nobreza. Esqueceu Ministro?
Inércia… sabemos bem quem a tem. “Fungar no cangote” e “pisar no calcanhar” são de uma pequenez tão grande, só comparável à forma com que tratou os servidores públicos, incluindo médicos, durante sua gestão, deixando a mesma diretriz para seu sucessor.
No governo de Rui Costa, médicos e servidores não tiveram, SEQUER, a REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO (que é direito Constitucional) durante OITO LONGOS ANOS. E agora ainda vem este senhor de triste memória querer chicotear quem trabalha nobremente, em condições ainda precárias…
A política de arrocho de Rui Costa impôs uma defasagem salarial de aproximadamente 54%, ao não recompor nos salários as perdas inflacionárias dos anos de 2015 a 2022. Além disso, instituiu mudanças no sistema de previdência, com quatro reformas alterando as regras ampliando o tempo e a alíquota de contribuição e modificando os cálculos de aposentadoria; provocou o sucateamento do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos da Bahia (Planserv) reduzindo o repasse do Estado de 5% para 2%. Os reflexos de tais ações têm prejudicado a vida de 270 mil servidores estaduais civis e militares, ativos, aposentados e pensionistas.
Se hoje pudessem sofrer interdição por má gestão e condições estruturais inadequadas, restariam poucas unidades públicas do Estado na Bahia. Aumentou a TERCEIRIZAÇÃO das gestões, que enriquece a poucos e EXPLORAM OS MÉDICOS com os atrasos salariais, falta de reajuste, calotes reiterados e a frequente falta de insumos básicos.
A sua fala além de DESRESPEITOSA, tem um teor de LAPSO TEMPORAL…
Aonde mesmo os cidadãos baianos se tratam e a quem devem a vida, incluindo a do Sr. Rui Costa e seus familiares?
O Sindimed repudia as declarações do ex-governador e segue atuando firme na defesa dos médicos que são servidores estaduais e pelo respeito aos servidores públicos em geral.