Uma cabeleireira diz ter sido vítima de injúria racial na manhã desta quinta-feira (25), na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, enquanto levava a filha de dois anos para uma clínica de terapia ocupacional. Débora Aragão Câmara teria sido agredida e chamada de “macaca” por uma idosa de 60 anos após um esbarrão, na altura do Relógio de São Pedro.
O advogado que representa a cabeleireira afirma que a sua cliente estava levando a filha para consulta quando esbarrou sem querer na suposta agressora. As agressões, físicas e verbais, teriam acontecido após a mulher pedir desculpa pelo choque físico.
“Sem querer, tombou o ombro, ela se virou e pediu desculpas. Nesse momento, a senhora começou a xingá-la. Inicialmente, chamou de vagabunda, depois de preta e macaca. Quando chegou nesses termos, Débora pediu para que ela parasse pois estava com uma criança de colo. A senhora foi para cima e agrediu, está com o braço todo roxo”, disse Marcus Rodrigues.
Após a confusão, a Polícia Militar foi acionada e as duas foram levadas até a Central de Flagrantes, na região do Iguatemi. A suspeita estava sendo ouvida no final da manhã.
Em nota, a Polícia Civil informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar um caso de injúria racial ocorrido na Rua do Mocambinho. “Segundo o relato dos policiais militares, a suspeita foi conduzida à unidade após usar palavras racistas para se referir à vítima, durante um desentendimento. Os procedimentos policiais ainda estão sendo realizados, mas o caso deve ser encaminhado à Delegacia Territorial da área, que o investigará”, diz trecho do comunicado.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que agentes do “18º Batalhão conduziram três pessoas para a Central de Flagrantes após ocorrer uma briga com agressões físicas e verbais, incluindo o crime de injúria racial, na Avenida Sete de Setembro, nas proximidades do Relógio de São Pedro. A condução ocorreu logo após a dupla de PMs, que realizava o policiamento ostensivo a pé, ter sido acionada via Cicom. A Polícia Civil investigará o crime”.