Estava à beira da piscina sob a companhia do meu violão, cantando “Mora na Filosofia” por volta da meia-noite de anteontem, quando, de repente, lembrei-me das fotos que fiz de Lula na manhã de 2 de julho de 1999. Naquele dia, ele foi espancado por militares a mando de ACM, em frente à Igreja da Lapinha, e somente eu possuía as tais fotografias, que foram vendidas para todos os jornais brasileiros e algumas agências internacionais.
Lula é o ladrão mais fantástico que conheci na política. Estive com ele também na festa do Dois de Julho de 2000 e 2001, bem como em agosto de 2002, quando ele visitou o jornal A Tarde e fez questão de conversar por um bom tempo comigo (foto abaixo). Demorei a acreditar (quando percebi) que ele era um exímio larápio. Meu pai percebeu muito antes de mim, a ponto de, em maio de 2003, afirmar algo mais ou menos assim:
– Lula é quase ou tão sujo quanto os políticos do PSDB, PMDB e PFL (hoje DEM), mas a gente precisa apoiá-lo porque, ao contrário desses outros bandidos, ele vai tentar uma revolução social!
Essas palavras do meu pai me acalantaram naquele momento de indignação, afinal, Lula estava salvando (e conseguiu) o mandato de ACM no caso dos grampos telefônicos, que denunciei com enorme repercussão na imprensa brasileira. De lá para cá, fui constatando uma rede de corrupção entre os políticos do PT com empresários, advogados e jornalistas (aqui na Bahia) tão pegajosa quanto aquelas que eu imaginava existir apenas na direita sebosa.
Mas acredito que alguém, mais cedo ou mais tarde, irá desmascarar Lula. Será uma façanha, porque ele é muitíssimo esperto. Tem que ser alguém com enorme inteligência e paciência para uma persecução exaustivamente investigativa, perene, silenciosa, unindo documentos irrefutáveis no devido processo legal. Por isso, de uma coisa eu tenho certeza: não foram esses promotores da operação “Lava Jato”, sob o comando do juiz Sérgio Moro, que obtiveram êxito.
Afinal, Moro não mora na Constituição. Ele e os promotores rasgam a Lei Magna porque são intelectualmente incapazes de descobrir, na legalidade, o ladrão Lula. Apelam para a força bruta. E a vaidade é tamanha que Moro, cego por ela, ainda não se deu conta sequer de que, a exemplo de qualquer magistrado corrupto, jogou o seu nome na lama do Judiciário. Não duvido que, quando perceber isso, saia candidato ao cargo de presidente da República!
Discussion about this post