Fecha-se rapidamente o cerco do Ministério Público Federal para entender como os contratos da Petrobrás eram superfaturados, e como os valores deles, em parte, retornavam, para os políticos em forma de grossa propina. A Folha de S.Paulo, edição de hoje, informa que a delação premiada foi admitida pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, na última sexta feira última, mas só terá significado, reduzindo-se a sua pena, se o ex-diretor da petroleira oferecer as informações básicas, sobretudo em relação à refinaria Abreu e Lima, que a Petrobrás constrói a preço estratosférico em Pernambuco. A delação premiada é uma figura jurídica em que o preso informa ao Ministério Público Federal o que se deseja saber para dar sequência aprofundada às apurações do crime cometido. Os procuradores já preparam a interrogação admitida por Paulo Roberto depois que a sexta fase da Operação Lava a Jato chegou à sua família na semana passada, envolvendo suas duas filhas e genros. O acerto poderá levar, se for revelado o que se deseja pelo ex-diretor da petroleira, a conhecimentos profundos sobre a corrupção dentro da Petrobrás, envolvendo contratos superfaturados e propinas a políticos de alçada. Isso poderá desencadear, ainda, forte tensão na campanha eleitoral gerando uma nova crise, além das muitas que acontecem na República. Será tudo ou nada. Ou o ex-diretor cumpre o acordo ou permanecerá preso e é possível que seja condenado a penas altíssimas, além do envolvimento dos seus familiares. Por Samuel Celestino.
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