Uma professora do município de Madre de Deus, Neide Santos, aproveitou das redes sociais e fez um desabafo em relação a merenda escolar: “Se eu pudesse, levaria almoço e lanche para meus alunos! Dói na alma, ver o alunos ávidos por um LANCHE e se deparam com o exposto nas fotos abaixo!”
O Prefeito Jeferson Andrade implantou em toda rede municipal o ensino integral, entretanto, sem estrutura, contudo deixando a desejar prejudicando os alunos, como relatou a docente.
“Se eu pudesse, levaria almoço e lanche para meus alunos! 😥 😢😢😢
Dói na alma, ver o alunos ávidos por um LANCHE e se deparam com o exposto nas fotos abaixo!😠😠😠
Me digam: como uma pessoa com fome e sede de justiça como eu, pode ficar calada diante de tanto descaso? Como uma pessoa com o engajamento social que tenho, pode ficar alheia a tanto sofrimento? Me pergunto: onde está o CME (alguns fazendo uma “boquinha” posando em fotos comprometedoras!) e Conselho Tutelar da cidade de Madre de Deus? Temos visto reportagens para mostrar o “belo” do FEIO que se tornou as escolas com o Tempo Integral! Saliento, que tenho feito a minha parte para que meus alunos passem por esse processo sem dor. Aulas motivadoras, planejadas e com qualidade. Sou autora do momento de acolhimento na minha escola, com todos os alunos, que se reúnem nas segundas feiras, para o cântico do hino nacional, oração, canção de integração e boas maneiras (tendo em vista que a educação doméstica é quase inexistente). A crítica é, sempre foi e sempre será, para o PROCESSO que massacra toda a REDE, sem ao menos uma ESCUTA SENSÍVEL aos nossos desejos, sonhos, dores e frustrações! Temos na secretaria responsável pela pasta da educação, pessoas que já estiveram no ambiente das escolas, que já passaram pelas mesmas dores, sendo coniventes com todos esses absurdos que estão ocorrendo, sem a menor empatia. Estão do outro lado da mesa! Então, o resto que se “lasque!” Lamentável, que num processo democrático, algumas pessoas sejam (ainda), obrigadas a defender e bajular, temendo retaliações. Sinto pelos meus alunos, ao tempo em que tenho fortalecido cada um@ deles@, para que estejam prontos para questionar quem chegar na escola para tirar fotos! Espero que visitem minhas turmas, num dia em que eu esteja na casa! Não estou educando para a “demência” ou “inércia”. Não estou adestrando pessoas! Estou construindo cidadãos sem “preço”, porque eles terão VALOR!
Lamentável, ver vereadores, eleitos pelo povo, sem o menor RESPEITO pelo POVO! Pelas CRIANÇAS! PELOS PROFESSORES!
Mais uma “fábula” das vagas de emprego, que sumirão logo após a eleição! Mais um engodo noticiado como “Amor a Madre”. Fácil passar 4 anos matando o povo de fome e ao final destes, dar um prato de comida, para matar a fome que ele mesmo causou, se valendo da limitação intelectual das pessoas e das necessidades materiais. “É melhor ter isso do que não ter nada” — (alguns dizem)! Constato que “isso” ainda é NADA, diante do que as pessoas de FATO precisam e MERECEM! Gostaria de acordar desse pesadelo!! A alegria de estar na escola esvai-se a cada dia que estou nela! Os olhos marejam! Seguirei dando as minhas aulas e dizendo aos meus alunos: NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM! Se ainda estou de pé… agradeço a força e a presença dos meus alunos. Seria um ATO COVARDE, deixá-los sozinhos justamente AGORA!”, desabafou a Professores Neide Santos.
Segundo informações, o prefeito que está no cargo sob uma liminar após ser afastado por cinco dias, tenta de todas as formas mostrar para o judiciário baiano que sua ausência na gestão prejudicaria a administração pública levando o município para o caos.
Ainda com informações, o prefeito vem derramando milhões na mídia propagando feitos inexistentes deixando a população estarrecida. A intenção do alcaide é fortalecer a sua tese junto ao judiciário para não ser julgado a liminar no TJ-BA retardando o processo.
Conheça o caso:
O Ministério Público Estadual (MP-BA) entrou com uma ação civil pública na Justiça contra o prefeito de Madre de Deus, Jeferson Andrade (DEM); o vereador Anselmo Duarte (DEM), o secretário municipal Jibson Coutinho; o chefe de Gabinete da Câmara, Adailton Cosme e a assessora municipal Tânia Pitangueira. De acordo a ação do Ministério Público, os integrantes atuavam em um suposto esquema de “enriquecimento ilícito” perpetrado na Câmara Municipal de Vereadores de Madre de Deus, durante os anos de 2010 e 2012.
A ação foi assinada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam). Uma das peças da ação pede a perda da função pública dos políticos.
Segundo as promotoras de Justiça Célia Boaventura, Patrícia Medrado e Rita Tourinho estão relacionadas a um acordo, no qual, os envolvidos ajustaram a eleição da chapa vencedora para a mesa diretora da Casa Legislativa, condicionando a distribuição de verbas públicas entre eles.
Ainda de acordo com as promotoras, as verbas seriam usadas em benefício deles próprios. O objetivo do acordo era fazer com que Jeferson pudesse assumir a Presidência da Câmara e, por conseguinte, a Prefeitura, ainda que interinamente (o que de fato acabou acontecendo). Dessa forma ele teria a oportunidade de distribuir benesses entre os seus aliados de forma ilícita.
De acordo com a denúncia, os acionados praticavam atos de improbidade. Foi apurado ainda um “inconteste prejuízo ao erário decorrente do acordo”. Documentos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) indicam o cumprimento dos termos do “ilícito” ajuste.
No “Termo de Acordo” assinado pelos cinco participantes do esquema, observa-se a distribuição de vantagens ilícitas de verbas públicas entre os mesmos, como a criação de cargos comissionados; o superfaturamento de contratos; o recebimento ilícito de 5% para cada vereador envolvido, com relação aos valores dos contratos firmados para reforma e construção do prédio da Câmara, aniversário da cidade, bem como de outros eventos; a manutenção das cotas de combustível em proveito próprio, inclusive com acréscimo de valor em dinheiro; e o aumento do duodécimo da Câmara no exercício posterior.
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