O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma auditoria nos gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o cartão corporativo, por determinação da Câmara dos Deputados.
O TCU informou à Câmara que o processo foi aberto na corte. O requerimento que levou à abertura do caso foi apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP) e aprovado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara em maio. A confirmação do início da auditoria, porém, veio somente nesta segunda-feira (19).
O processo está em andamento, segundo o TCU, e, depois de concluído, será analisado pelo plenário do tribunal.
O caso já consta no sistema do TCU. O relator será o ministro Jhonathan de Jesus, ex-deputado federal do Republicanos, que assumiu uma cadeira no TCU no início deste ano.
No pedido de auditoria, Kataguiri disse ser necessário verificar se as despesas “foram realizadas de maneira responsável, eficiente e em conformidade com as normas e regulamentos vigentes”.
“A realização da referida auditoria pelo TCU possibilitará uma análise minuciosa dos gastos efetuados com o cartão corporativo, por meio da análise de dados e documentações pertinentes. Dessa forma, será possível verificar se tais despesas foram realizadas de maneira responsável, eficiente e em conformidade com as normas e regulamentos vigentes”, alegou.
O deputado disse ainda que “os gastos exorbitantes de Lula em seu cartão corporativo chamam a atenção, especialmente no momento de crise em que vivemos”.
“Notícias de compras sem licitação indicam violações aos princípios da moralidade, legalidade e eficiência. Com a aprovação do meu requerimento, vamos devassar os gastos para garantir que o dinheiro do pagador de impostos não continue indo para o ralo”, afirmou.
Nos primeiros três meses de gestão Lula, a Presidência da República gastou cerca de R$ 2,5 milhões em faturas do cartão corporativo. Nominalmente, foi pouco a mais em relação ao gasto nos primeiros meses sob o governo Bolsonaro (R$ 2,4 milhões). Quando corrigida pela inflação, porém, a quantia gasta durante os primeiros meses de mandato do ex-presidente foi maior (R$ 3,1 milhões).
Em fevereiro, o tribunal aprovou a abertura de uma apuração sobre a legalidade dos gastos do governo de Bolsonaro utilizando os mesmos cartões entre outubro e dezembro de 2022.
Informações CNN