Se antes era considerada uma política com futuro promissor no partido, a relação da ex-secretária de saúde de Porto Seguro, Dra. Raíssa Soares, com o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro está na iminência de terminar.
Insatisfeita com os rumos da legenda na Bahia, que supostamente estaria flertando com a esquerda, a médica que ganhou fama no período da pandemia por defender o uso de medicamentos sem comprovação científica no tratamento da Covid-19 pediu a benção de Jair Bolsonaro para deixar o partido e buscar uma nova sigla que banque a sua candidatura para deputado federal em 2026. Outra crítica de Raíssa Soares é o fato de os deputados estaduais Vítor Azevedo e Raimundinho da JR terem “usado” o PL para se eleger, já que notadamente ambos são alinhados com o governo de Jerônimo Rodrigues (PT).
Em conversa com a imprensa, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Leandro de Jesus classificou a investida da correligionária como “desrespeitosa não apenas com o PL na Bahia, como também com o próprio Bolsonaro, que é o líder maior do partido”.
O deputado também assegurou que a postura da médica pegou a todos de surpresa e trouxe à tona a existência de um projeto muito mais pessoal, de ascensão através de um mandato eletivo, do que em defesa das pautas de direita de forma coletiva. “ Pedir benção ao presidente para sair do PL é uma falta de respeito. Tanto é que ela não foi respondida pelo presidente e lhe asseguro que ela não será. Na verdade, ela nem é mais recebida lá em Brasília no PL nacional exatamente por conta dessa postura que não se adequa ao que acreditamos para direita aqui na Bahia”, frisou.
Leandro de Jesus alfinetou a colega dizendo que “pessoas com o perfil de Dra. Raíssa precisam entender que o mandato é consequência de um trabalho”. O parlamentar afirmou que ela “tinha tudo para ser, sim, uma grande liderança, mas se mostra nesse momento completamente ao avesso, ao contrário do que acreditamos, com essa postura que só temos a lamentar”.
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