A escolha de Jerônimo Rodrigues para ser o candidato do PT ao governo da Bahia, por um lado traz alívio. Se o PT achasse que tem alguma chance de levar, não escolheria alguém tão inexpressivo. Foi mais ou menos como 2018, quando ACM Neto escalou Zé Ronaldo para perder no lugar dele.
Por mais que ACM Neto esteja longe de ser o governador ideal, em se tratando de Bahia, já estamos no lucro com qualquer coisa menos à esquerda que o PT. Pelo menos disso a gente parece estar livre pelos próximos 4 ou 8 anos. É um alívio.
Por outro lado, escolher alçar aos holofotes justamente o responsável pela pasta que arruinou a vida de milhares de crianças e adolescentes é uma falta de respeito, um acinte, é nojento. Para quem não se lembra, Jerônimo Rodrigues é o atual secretário estadual de educação da Bahia. E o que ele fez de bom pela educação até aqui? De bom, nada! Mas eu vou te lembrar o que ele fez:
Ele deixou estudantes de escolas públicas sem nenhum tipo de aula por um ano. Nem aula on-line e nem aula presencial. Foi o responsável pela Bahia ter sido o pior estado do Brasil em educação na pandemia, o único que recebeu nota ZERO. O que o sr. Jerônimo fez durante esse 1 ano? Será que trabalhou?
Como se não bastasse, foi um dos últimos do Brasil a autorizar a reabertura das escolas privadas, e, meses depois, fez um arremedo nas públicas para “recuperar” 1 ano e meio perdido. Claro que ninguém aprendeu nada. A escola pública estadual já não conseguia acompanhar o ritmo normal, imagine essa aceleração à velocidade 5.
Pior que isso, inacreditavelmente, tem escola pública fechada até hoje, com a desculpa de que estão reformando. Dois anos e não deu tempo de reformar? Incompetência ou caso pensado?
O sr. Jerônimo entregou o futuro de milhares de crianças e jovens nas mãos das raposas dos sindicatos. Aqueles sindicatos que lutam em defesa da vida (mole), em defesa do direito de receberem sem trabalhar.
É triste e é revoltante que o PT tenha a cara de pau de lançar ao governo esse sujeito. É asqueroso. É o PT em sua essência.
Priscilla Chamas. Jornalista.