Um dia após o grupo do Inter se reunir na sala de conferências do Estádio Beira-Rio e pedir para não jogar a última rodada do Brasileirão de 2016, o meia Alex voltou aos microfones para afastar um “mal-entendido” após o comunicado de quinta-feira. Ele refutou a polêmica de que os atletas teriam sido orientados pela direção para tomar a atitude anterior e reiterou que a decisão foi feita em comum acordo entre o elenco. Além disso, deixou claro que, caso não haja a 38ª rodada e o campeonato seja encerrado, aceitam o rebaixamento.
– Se for o caso de acabar o campeonato e a gente for rebaixado, vamos aceitar porque fizemos por merecer – resumiu o colorado.
Escudado por outros cinco companheiros – Ceará, Rodrigo Dourado, Paulão, Danilo e Ernando –, Alex se dirigiu aos repórteres que acompanhavam o treino no Beira-Rio, nesta sexta-feira, antes mesmo da atividade começar. Segundo ele, o pedido feito pelos colorados não ocorreu no sentido de cancelar o jogo derradeiro da competição, e sim de que não havia clima para que as partidas fossem realizadas. Por outro lado, garantiu que acolhem a orientação que for tomada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
– Queria reiterar, até porque ficou um mal-entendido daquilo que a gente imaginava que tinha ficado claro. A gente não quer cancelar o campeonato nem melar o último jogo, tanto que falei em respeito a todos os envolvidos (na tragédia) – Chapecoense, jornalistas, famílias. Se tiver, vamos jogar. Nada se compara ao sentimento. Disseram que a gente veio porque a diretoria nos pediu, obrigou. Isso não existe. A gente pôde expor aquilo que a gente tem sentido. No momento que existiu a dúvida se o Inter se permitia ser rebaixado, a gente nunca se omitiu por esse campeonato horrível que a gente fez. A intenção era a sensibilidade do momento. Se todo mundo propusesse que não houvesse jogo, o Inter ia continuar ali (na tabela) e aceitar tudo que for decidido – prosseguiu o meia, um dos líderes do grupo.
O representante dos jogadores também reforçou a hombridade de seus pares em aceitar as condições que forem detalhadas pela entidade máxima do futebol nacional. Negou que o vestiário esteja rachado e considerou a posição da diretoria no caso da suposta inscrição irregular do zagueiro Victor Ramos, do Vitória. Conforme Alex, o clube está no seu direito de pleitear por aquilo que considera ilegal.
– A gente precisava se manifestar. Não falta homem, não falta coragem, não tem vagabundo. Os homens que aqui estão não têm nenhum desvio de caráter. Ninguém quer arrumar (uma desculpa) de alguma maneira. Jogador tem a opinião dele. Tem muitos que podem falar de maneira diferente. Ninguém é obrigado a concordar com qualquer coisa. Não tem racha. Aquilo que o clube fizer a gente respeita, porque presidir um clube não é fácil – acrescentou. Fonte: G1.
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