O pacto de cavalheiros entre o candidato a governador João Roma (PL) e o senador Jaques Wagner (PT) fica evidente na postura jurídica da campanha do ex-ministro, que tem visto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ser atacado cotidianamente na propaganda petista na TV sem esboçar reação para defender o seu principal cabo eleitoral e tirar do ar os programas.
Levantamento feito pelo site Política Livre mostra que o foco das representações da equipe de Roma na Justiça Eleitoral é contra ACM Neto (União Brasil). Enquanto isso, na propaganda eleitoral do PT, tanto no horário destinado aos deputados, quanto no de Jerônimo Rodrigues (PT), o presidente Jair Bolsonaro é o grande alvo dos ataques.
Advogados eleitorais argumentam que tirar do ar os programas do PT seria relativamente fácil, uma vez que candidatos não podem usar em seus programas imagens de outros postulantes que não são da sua coligação, sobretudo com o objetivo de atacá-los. Pois é exatamente o que tem acontecido na propaganda petista.
A falta de ação de Roma para defender o presidente tem causado estranheza no seio bolsonarista. Apoiadores do presidente, inclusive, pontuam que o PT usa o horário eleitoral, tanto dos deputados como da majoritária, para fazer propaganda para o ex-presidente Lula, o que é vedado pela Justiça Eleitoral. Porém, não há questionamento do candidato dito bolsonarista no estado. Eles dizem que a omissão de Roma para tirar do ar os programas do PT impacta diretamente na avaliação do presidente Bolsonaro na Bahia.
Quando foi à Justiça, o alvo de João Roma foi ACM Neto, evidenciando que, como mostrou o Política Livre nesta segunda-feira (19), há um acordo com Wagner. Na última semana, a dupla se encontrou e discutiu, entre outros temas, o debate da TV Bahia e o ‘novo futuro’ no cenário nacional, seja com a eleição de Bolsonaro ou de Lula.
Para defensores do presidente no estado, o fato só reforça que Roma não estaria preocupado com o desempenho do presidente, mas somente com a eleição da esposa, Roberta Roma (PL), a deputada federal. Tanto é que muitos candidatos deixaram de lado a imagem do ex-ministro. Até mesmo a candidata ao Senado Raíssa Soares (PL) já tem dado sinais de que não está nada satisfeita com o desempenho de Roma.
(Conteúdo Política Livre)