O Ministério da Cultura, comandado pela cantora baiana Margareth Menezes, incluiu a utilização da ‘Linguagem Neutra’ entre as pautas a serem debatidas pelo Congresso Nacional. A ideia é que um programa seja criado para que estudantes, educadores e gestores tenham formação para o uso.
Ao todo, a pasta divulgou uma lista com 30 propostas que devem fazer parte do novo Plano Nacional de Cultura, uma lei que, se aprovada no Congresso, vai estabelecer as metas do setor pelos próximos dez anos.
Nos bastidores, governistas garantem que o presidente Lula resiste à ideia de se envolver nesse debate, pelo menos neste momento. A proposta também é vista como “um prato cheio” para os políticos de oposição.
O novo Plano Nacional de Cultura prevê que os programas de educação e treinamento de professores serão financiados pelo contribuinte.
A proposta destina parte do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas para um fundo, cujo objetivo, entre outras coisas, é proporcionar “a diversidade de linguagens, de segmentos e de expressões” e a “participação acessível, inclusiva e universal”.
O tema divide opiniões internamente. As palavras “todos” e “todas”, por exemplo, seriam substituídas por “todes”, enquanto “menino” e “menina” dariam lugar a “menine”.