Com direito até a uma apresentação musical, o governo federal realizou uma cerimônia, nesta quinta-feira (30), para reinaugurar o letreiro do Ministério da Cultura. A pasta tinha sido extinta em 2019 e foi recriada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento contou até com a presença da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.
A reinstalação do letreiro teve a participação e discursos da chefe da pasta, Margareth Menezes, e também da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, com quem a Cultura divide o prédio na Esplanada dos Ministérios atualmente.
A realização de uma cerimônia para reinaugurar o letreiro não passou despercebida por parlamentares de oposição ao governo federal, que ironizaram a festa. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, questionou o fato de as ministras terem reservado um tempo de agenda para a inauguração.
– Duas ministras reservam um tempo da agenda de um país em grave crise para…inaugurar um letreiro! Como são muitos novos ministérios, faltam ainda 36 letreiros. É o maior programa do governo até agora: Meu Letreiro, Minha Vida. Parece piada, mas não é – escreveu.
O Ministério da Cultura, sob a gestão da ministra Margareth Menezes, já foi contestado pela oposição no início de 2023 em razão do desbloqueio de quase R$ 1 bilhão para projetos de artistas, por meio da Lei Rouanet. Na ocasião, Menezes alegou que os recursos haviam sido “bloqueados” pelo governo Bolsonaro. Foi na gestão do ex-presidente que a Cultura foi incorporada ao Ministério do Turismo.