Alberto Magno trabalhou como secretário durante seis anos nos dois mandatos do prefeito João Almeida Mascarenhas Filho (PP), porém, ele rompeu com o gestor depois de descobrir as irregularidades. Alberto acusa o prefeito de furtar bens comprados para a prefeitura em 2013. “Foram 153 itens e materiais, incluindo desde diversos aparelhos de ar-condicionado splinter, geladeiras verticais, bebedouros”, conta.
Segundo o ex-secretário, foi uma ligação feita para o fornecedor que o alertou. “O fornecedor me disse simplesmente o seguinte: ‘não devo nada ao senhor prefeito, isso tudo foi entregue, foi entregue na fazenda dele’. Aí veio cair a ficha”, lembra.
Pela denúncia, a prefeitura teria fraudado licitações e usado uma cooperativa para desviar dinheiro da Saúde. “Aqui nós temos diversas cópias de cheques, da cooperativa, de pessoas fantasmas, pessoas que não prestavam nenhum tipo de serviço à prefeitura”, afirma. A equipe de reportagem do Fantástico conseguiu localizar uma ex-funcionária da cooperativa Coope, que não quis se identificar, mas revelou que durante três anos de serviço, percebeu os “desvios de dinheiro”.
Ainda de acordo com a funcionária da Coope, o dinheiro desviado – cerca de R$200 mil por mês – era dividido entre a vice-prefeita Maria José Novais, que também já foi secretária de Saúde, e Marigilda Mascarenhas, irmã e secretária de Governo do prefeito. “Eu mesma era quem ia entregar”, conta a ex-funcionária. Segundo ela, o dinheiro de Marigilda era retirado por um motorista na cooperativa.
O prefeito negou qualquer tipo de desvio em sua gestão, entrou em defesa da Coope e disse que todo o processo, que está sob investigação, não passa de “uma manobra política”. “Ela [Coope] trabalhava de uma maneira transparente, recolhendo todos os seus encargos tributários e pagando os seus funcionários sempre em dia”, garantiu. Fonte: Ibahia.
Discussion about this post