Dez anos depois de ser investigado por envolvimento em esquema de propinas na Agerba, dono de empresa de transporte é acusado de colocar em risco a segurança de passageiros. Décio Sampaio Barros, que foi presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia (Abemtro), chegou a responder a ação penal em 2009, apontado como avalizador dos contratos fraudulentos firmados com a agência fiscalizadora.
Nesta quarta-feira (2), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou na Justiça contra a Empresa de Transporte Santana e São Paulo Ltda. e os sócios, sob a alegação de que eles têm colocado em risco a vida de passageiros. A Agerba também responde ao processo, acusada de ser omissa na fiscalização.
De acordo com a ação ajuizada pela promotora Joseane Suzart, a empresa tem utilizado de veículos “condições insalubres e precárias”, transportando pessoas de forma “insegura, ineficiente e inadequada”. As irregularidades foram constatadas entre janeiro de 2018 e abril de 2019 pela própria Agerba, levando a formalização de 28 autos de infração. “A empresa cometeu diversas infrações, sendo compelida tão somente ao pagamento de R$ 58 mil, o que denota a inércia da agência quanto à efetiva fiscalização das atividades desenvolvidas pela empresa fornecedora”, afirmou a promotora.
Prisão
O BNews, ao consultar a lista de sócios acionados pelo MP-BA, identificou o nome de Décio e, ao fazer uma busca nos antecedentes do administrador da empresa, verificou que ele foi um dos personagens da Operação Expresso, deflagrada pela Polícia Civil baiana em 2009. O dono da Empresa de Transporte Santana e São Paulo chegou a ser preso à época, mas foi liberado 12 hora depois pela juíza Leonildes Bispo dos Santos Silva, responsável à época pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Salvador.
Na operação também foram investigados, entre outras pessoas, os ex-diretores da Agerba, Antonio Lomanto Netto e Zilan da Costa e Silva, acusados de receber propina de empresários, os advogado Carlos Eduardo Vilares Barral e Ana Luiza Dórea Velanes, além do proprietário, à época, da Rota Transportes, Paulo Carleto, e os donos das empresas Planeta, José Antonio Marques Ribeiro, e da Expresso Alagoinhas, Ana Penas Pinheiro.
O BNews também verificou que a empresa de propriedade de Décio Sampaio Barros e mais quatro pessoas responde a 15 ações no Tribunla de Justiça da Bahia, sendo 3 de dívidas com a Prefeituras de Feira de Santana, em razão de atraso no IPTU. Os débitos chegam a quase R$ 5 mil.
Fonte: Bocão News.
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