A advogada Daniela Borges é a nova presidente da seção Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA). Ela foi eleita nesta quarta-feira (24) pela chapa “União pela Advocacia”, apoiada pelo atual presidente da entidade, Fabrício Castro.
Principal adversária pela presidente da OAB-BA, Ana Patricia Dantas Leão chegou a pedir a cassação do registro de Daniela por suposta fraude eleitoral.
O clima é de comemoração no Hotel Monte Pascal, onde Danila reuniu membros da chapa, amigos e familiares.
“Mais três anos pela frente, com os mesmos compromissos. Estou muito emocionada, mas por tudo o que isso significa, em nome de todas as mulheres da Bahia e do Brasil. Pela primeira vez, teremos uma seccional com duas mulheres presidindo”, disse a presidente eleita.
O seu principal padrinho também celebrou. “Primeiro, é um reconhecimento, não apenas do trabalho da minha gestão, mas é um reconhecimento de uma história, com Luiz Viana, que eu dei seguimento e que ela e Christiane darão seguimento”, celebrou o presidente Fabrício Castro, que apoiou a chapa.
Biografia
Daniela teve como candidata a vice a advogada Christianne Gurgel. As duas são as primeiras mulheres a concorrerem juntas aos cargos da linha de frente da seccional baiana em quase 90 anos de história.
Formada pela Universidade Federal de Minas Gerais, Daniela Borges advoga há mais de 20 anos na área de Direito Tributário e também é professora da Universidade Federal da Bahia e da Faculdade Baiana de Direito.
Ingressou na OAB da Bahia como conselheira seccional na primeira gestão de Luiz Viana (2013-2015). Foi também diretora-tesoureira no triênio 2016-2018, no segundo mandato de Viana à frente da seccional baiana. Na atual gestão de Fabrício Castro, Daniela Borges ocupa o cargo de conselheira federal e preside a Comissão Nacional da Mulher Advogada.
Sob sua liderança, a política de paridade de gênero foi aprovada pelo Conselho Federal da OAB em dezembro de 2020 e se tornou obrigatória para as seccionais de todos os estados já nestas eleições.
Foi responsável também pela aprovação das súmulas que impedem a inscrição de bacharéis na Ordem que tenham cometido violência contra a mulher. Em 2019, representou a OAB no STF, realizando uma sustentação oral que apontava a inconstitucionalidade da tributação sobre o auxílio-maternidade.
📝 Lucas Pacheco, Victor Pintor e Henrique Brinco