Acusada de improbidade administrativa por obter vantagens indevidas no exercício das funções públicas, a ex-chefe da então Superintendência de Controle e Ordenamento do Solo do Município de Salvador, Kátia Carmelo, passou a exercer a mesma função, porém no município de Madre de Deus. Carmelo foi nomeada para o cargo pelo prefeito Jefferson Andrade (DEM), reeleito em outubro com 47,82% dos votos. Durante o período em que comandou a Sucom soteropolitana, a ex-superintendente “teve uma evolução estrondosa do patrimônio imobiliário e financeiro entre 2007 e 2009”. A investigação do Ministério Público Estadual (MP-BA) requereu o bloqueio de R$ 1,4 milhão de bens de Carmelo e teve o pedido deferido pela Justiça – a ex-superintendente tentou o desbloqueio dos bens, porém o pedido foi negado em segunda instância. “Não restam dúvidas que no período compreendido entre 2007 e 2009 houve uma evolução estrondosa do patrimônio imobiliário e financeiro de Kátia Cristina Gomes Carmelo e de seus familiares, sem que houvesse comprovação da origem dos recursos para aquisição de tais bens”, descrevem as promotoras Célia Oliveira Boaventura e Patrícia Kathy Alves Medrado Mendes, que assinaram a ação civil pública. A ação do MP-BA traz ainda o relato da antiga amiga – e denunciante – Carla Bittencourt, que relatou a cobrança de “propina” para a liberação da construção de imóveis na capital baiana, “a exemplo do empreendimento ‘Manhattan Square’, tendo recebido em contrapartida algumas salas e do empreendimento ‘Villagio Panamby, no Horto Florestal, ambos da Construtora OAS”. Carmelo já foi condenada a 1 ano e quatro meses de detenção por calúnia contra o advogado Alcebíades Barata Filho.
Fonte: Bahia Notícias.
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