Na última segunda-feira (16), foi aberto, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) processo administrativo disciplinar contra a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Dinalva Laranjeira Gomes.
De acordo com a conselheira e ministra corregedora Maria Thereza Rocha de Assis Moura, Dinalva “teria recebido, juntamente com seu sobrinho, em nome de um grupo do senhor Adailton Maturino, com o objetivo de beneficiar organizações criminosas”.
A conselheira ainda enfatizou a necessidade de um “aprofundamento maior” para a acusação contra Dinalva que foi citada também pela desembargadora Sandra Inês Rusciolell, investigada na Operação Faroeste, em delação premiada, por possivelmente ter atuado em favor do grupo através do sobrinho Fernando Gomes Lobo, que teria recebido R$ 500 mil.
“Trago o contexto e verificando, realmente ela proferiu uma decisão que depois reconsiderou (…) portanto, tendo em vista que os autos contém, parece que a necessidade de um aprofundamento maior”, apontou a conselheira.
Apesar da abertura do processo disciplinar, a desembargadora Dinalva não teve proposto o seu afastamento cautelar.
Por Flávio Sande