Nascido em uma família muito católica, Kikito, 40 anos, sempre frequentava missas todos os domingos, na Paróquia Sagrada Família, em Madre de Deus. Era a pessoa responsável pelos cânticos da celebração. Mas, para realizar o sonho de se tornar cantor, ele acabou se afastando um pouco da música religiosa e, aos 15 anos, passou a ser o vocalista da Banda Baile, que tocava ritmos como pagode, forró e axé.
Em junho de 2009, Kikito perdeu o pai, um de seus grandes incentivadores. A morte de seu Galdino fez com que ele se reaproximasse do catolicismo e resolvesse unir duas das coisas mais fundamentais para sua vida: a fé e a música. Um dos resultados dessa junção é o disco Meu Senhor É Sempre Amor, encartado gratuitamente no CORREIO de hoje.
O álbum é o terceiro trabalho do cantor que já lançou Meu Jesus me Mostra Tua Luz (2009) e Combati o Bom Combate (2013). O novo disco reúne 12 músicas. Quatro foram compostas pelo próprio artista e as outras são composições de amigos, todos moradores de Madre de Deus. “No ano passado, com a ajuda de alguns compositores daqui mesmo, eu consegui reunir as 12 canções e lançar Meu Senhor É Sempre Amor”, destaca.
Na quarta faixa, Meu Jesus me Mostra Tua Luz, Kikito ganhou um reforço especial: ele divide os vocais da canção com o filho, o pequeno João Guilherme, de 5 anos. O nascimento do menino também foi um dos fatores fundamentais para que o artista optasse por cantar músicas religiosas. “Quando meu filho nasceu, ficou ainda mais claro que eu tinha que deixar as coisas do mundo e me voltar mais para Deus. Esta música também é uma homenagem para ele”, afirma.
Conversão
Apesar de já ter mais de duas décadas de carreia, o som do sertanejo católico só começou a ser conhecido em novembro do ano passado, quando suas composições passaram a ser tocadas no programa Alô Juventude, na Rádio Excelsior.
Porém, a fama não é o foco principal do trabalho de Kikito: “Quero que minha música seja um instrumento importante de conversão para os corações. Meu desejo é que as pessoas se sintam menos angustiadas e temerosas ao escutá-las”, disse.
No total, 50 mil cópias do trabalho foram encartados no CORREIO. Nas três bancas de revistas que existem no bairro Francisco Leitão, local em que o artista mora, teve até lista de espera para adquirir o produto: “É muito bom ver seu trabalho reconhecido e o mais legal é que muitas pessoas que ainda não me conhecem vão poder saber quem eu sou e o que eu faço”, projeta.
Um dessas cópias já tem destino certo: “Será o presente do Dia das Mães para dona Armerinda”. Além de mãe coruja, a aposentada foi a responsável por dar o apelido, adotado como nome artístico pelo filho.
O nome de batismo de Kikito é Adenailton dos Santos Tourinho. A denominação carinhosa é uma referência ao prêmio máximo concedido no tradicional Festival de Cinema de Gramado: “Minha mãe me deu este nome porque sou o menino de ouro dela (risos)”, diverte-se.
Para o futuro, o artista quer continuar unindo música e fé: “Quero que meu trabalho toque as pessoas”, resume. Fonte: Correio.
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