O Brasil enfrenta um grave surto de dengue em 2024, com 1.888 mortes confirmadas e 2.218 mortes em investigação. Este é o maior número registrado na série histórica desde 2000, e o país tem visto um aumento contínuo nos casos de dengue nos últimos três anos.
Até agora, foram reportados 3,9 milhões de casos prováveis de dengue, com um coeficiente de incidência de 1.931 casos por 100 mil habitantes. Esse número é significativamente maior do que os 300 casos por 100 mil habitantes, que é o limiar para a declaração de uma epidemia segundo a OMS.
Apesar desses números alarmantes, há uma tendência de queda nos casos de dengue, com a última semana epidemiológica mostrando menos da metade dos casos em comparação com a semana anterior.
A maioria das mortes ocorreu no estado de São Paulo (448), seguido por Minas Gerais (299), Distrito Federal (288), Paraná (215) e Goiás (137)¹[1]. As regiões com maior incidência da doença são o Sudeste (2.916), Centro-Oeste (2.871) e Sul (2.316).
A situação levou a uma “situação de emergência” nas Américas, com mais de 5,2 milhões de casos de dengue relatados em todo o continente. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) observou um aumento de mais de 48% em relação ao mês anterior.
O fornecimento da vacina contra a dengue é limitado, e mesmo uma campanha de vacinação em larga escala não teria um impacto imediato na contenção do surto atual. Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil expandiu a vacinação contra a dengue para 625 novos municípios, com a meta de alcançar 1.330 cidades no país.
É importante continuar seguindo as diretrizes de prevenção, como eliminar água parada, usar repelente e manter os ambientes limpos para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Cuide-se e mantenha-se informado sobre as medidas de saúde e bem-estar.