Faltam dois passos. Ou melhor, 20 quilômetros de braçadas no mar. Essa é a distância que separa Allan do Carmo do título da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas. O baiano lidera a corrida rumo ao título. Em outubro, acontecerão as últimas duas provas de 10km que definem o campeão.
A primeira em Hangzhou, na China, e a segunda em Hong Kong. Difícil é segurar a ansiedade até lá. “O controle é você estar bem todos os dias aqui na piscina. Chegar lá e falar: ‘Estou preparado para defender essa posição, para ser campeão’. Quando você tem essa confiança, você dando o seu melhor na piscina, nos treinos, você se sente mais confiante”, comentou Allan, que treina em dois turnos no clube da Aceb, no Costa Azul.
Allan já fez a matemática necessária para voltar da Ásia com o título inédito. Para não depender do resultado dos adversários, o baiano precisa de um terceiro lugar ou então dois sétimos. A vantagem é confortável, mas Allan não deixa de se preocupar com os rivais, principalmente com o alemão Thomas Lurz, em segundo na classificação.
“Ele é considerado o melhor da história da maratona aquática, tem duas medalhas olímpicas. É o maior medalhista em campeonatos mundiais, maior campeão das etapas da Copa do Mundo. Então não é um cara qualquer. Ele é um cara muito perigoso e não podemos descartar qualquer resultado dele”, comentou.
Na Ásia, além de se preocupar com o alemão, Allan tem outro adversário, a alimentação. “Levamos uma alimentação daqui para ter um reforço a mais. A gente desce no hotel, come o que dá pra comer, depois reforçamos com o que levamos, proteína, Cup Noodles (macarrão instantâneo em copos”, diverte-se.
Antes de concretizar o sonho do título do Circuito, Allan cai na água pelo Brasileiro. Dia 21, tem etapa em Brasília. O baiano viaja para a China no início de outubro para fazer a sua preparação final.
RIO-2016
A cabeça está na conquista da Copa do Mundo, mas a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, está na mira. Para chegar lá, o processo é longo. Em dezembro, tem seletiva nacional para escolher os quatro atletas que seguem na disputa pela vaga. Em abril de 2015, em Cancún, uma prova vai selecionar dois para o Mundial de Kazan, em junho, enquanto os outros dois vão para o Pan-Americano.
O Mundial na Rússia serve como primeira seletiva olímpica, onde os dez primeiros estão garantidos. Se dois brasileiros estiverem nessa faixa, vão os dois. Se classificar apenas um, acabou o sonho olímpico do outro. É onde Allan espera estar. No Rio. E com a Copa do Mundo no currículo. Fonte: Correio.
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