Pegou fogo dentro da base de oposição dentro da Câmara dos Deputados. Dois aliados federais do governador Rui Costa (PT), Bacelar (PV) e o Sargento Isidorio (Avante) se desentenderam durante a plenária da últimas segunda-feira (20).
Bacelar usou seu tempo na tribuna para rebater falas homofóbicas de Isidório, que sugeriu que a sexualidade das pessoas pode induzi-las a cometer crimes.
“Nenhum deputado tem direito de subir nesta tribuna para atacar um segmento da sociedade brasileira. Vossa Excelência não é da OMS para dizer que orientação sexual é doença”, iniciou Bacelar.
O parlamentar completou afirmando que Isidorio não é um membro da Organização Mundial da Saúde e que, em 2022, completa-se três décadas de que a homossexualidade foi tiradada lista de enfermidades pela própria Organização.
“Quero repudiar veementemente as suas declarações. Respeito a sua orientação religiosa, dentro da sua igreja, do seu templo, Vossa Excelência pode ter a opinião que quiser, mas usar a tribuna para associar orientação sexual a marginalidade, usar a tribuna para dizer que pessoas da comunidade LGBTQIA+ são marginais, assassinos, que invadem aposento de outros clientes não. Ninguém tem o direito aqui nesta tribuna de atacar um ser humano. Não é um leigo que vai dizer que é doença”, disse Bacelar.
A discordância do deputado ambientalista é uma rara exceção dentro do PT baiano, que apoia Isidorio – o deputado federal mais votado do estado nas últimas eleições, com quase 323.264 votos. Bacelar foi o terceiro melhor votado entre os eleitos, com 149,2 mil votos.
BNews