A união da oposição deve garantir uma vitória sem sustos de Débora Régis (União Brasil) em Lauro de Freitas. Segundo a pesquisa AtlasIntel/A TARDE, a vereadora tem mais que o dobro das intenções de votos do candidato do PT, Rosalvo, que representa a gestão da atual prefeita Moema Gramacho.
Débora lidera com 66,5% das intenções de votos contra 30,3% de Rosalvo. Números que deixam pouco espaço para aproximação entre os candidatos, a não ser pela reversão de votos. Apenas 1,7% ainda não sabem em quem votar e ainda menos, 1,4%, pretendem votar em branco ou anular o voto.
Isso também se reflete nos votos válidos, onde os índices pouco diferem dos números totais, com 68,6% para Débora e 31,4% para Rosalvo. A candidata do União Brasil lidera entre homens (73,5%) e mulheres (60,3%) em todas as faixas etárias, segmentos religiosos e níveis de instrução.
O mesmo se repete no quesito renda. Débora tem 75,3% dos votos entre os eleitores que ganham até R$ 2 mil, 70,9% na faixa de R$ 2 a 3 mil e 72,1% entre os beneficiários de Bolsa Família. Apenas entre quem ganha de R$ 5 a 10 mil Rosalvo lidera com pouca margem, 51,3% a 46,5%.
Levando em conta os votos dos eleitores nas eleições de 2022, Débora Régis também escapa da polarização ideológica. Ela concentra 95,4% dos votos dos eleitores de Bolsonaro e rivaliza com Rosalvo junto ao eleitorado de Lula: 47,3% contra 49,5% de Rosalvo.
O candidato petista tem a preferência do eleitorado do governador Jerônimo Rodrigues (65,9%), mas, ainda assim, Débora fica com 30,5% dos votos do chefe do executivo estadual e nada de braçada no eleitorado de João Roma (PL), de quem tem a intenção de votos de 98,1% dos eleitores, e de ACM Neto (UB), cujo eleitorado declara preferência maciça (88,6%) pela sua correligionária.
Vale lembrar que, em Lauro de Freitas, apesar da vitória de Lula sobre Bolsonaro (66% contra 34%), ACM Neto foi o vencedor para o Governo Estadual, com 59% ante 41% de Jerônimo Rodrigues.
“Somente com os votos dos eleitores de ACM Neto, Débora ganharia a eleição”, afirma Yuri Sanches, analista de risco político da AtlasIntel. Para ele, a “união da oposição de direita em torno da candidatura de Débora é um dos fatores da vantagem mais consolidada”. No entanto, um outro candidato do campo da direita não teria força para reverter a tendência de vitória de Débora.
“Se tivesse um candidato bolsonarista equilibraria mais a disputa, mas o que a gente tem visto em vários municípios é que o apoio do ACM Neto tem sido mais determinante”, avalia Sanches.