Logo depois do Carnaval, integrantes da força-tarefa que investiga o esquema desbaratado pela Operação Lava Jato devem convocar o ex-deputado baiano Luiz Argôlo (SD). Conforme a coluna Satélite, do Correio, a informação foi dada por um procurador da República escalado para acompanhar os processos abertos pela Justiça Federal do Paraná.
Ainda conforme a coluna, em tom reservado, ele garantiu à Satélite que os investigadores já conseguiram as últimas peças do quebra-cabeça montado para apurar as ligações entre o ex-parlamentar e o doleiro Alberto Youssef, operador da Lava Jato. Agora, querem ouvi-lo em juízo. De acordo com o procurador, as informações foram fornecidas ontem pela ex-contadora de Youssef Meire Poza. Ao depor à Justiça, Meire detalhou encontros entre Argôlo e o doleiro em um escritório sigiloso de Curitiba, usado apenas para reuniões com políticos. Meire também revelou dados sobre remessas de dinheiro e empresas de fachada criadas para camuflar transações financeiras com membros do Congresso Nacional.
O depoimento da ex-contadora de Alberto Youssef também forneceu novos indícios sobre o relacionamento entre o doleiro e outro ex-parlamentar da Bahia, Mario Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. Em especial, sobre o teor das visitas feitas por Negromonte a Youssef em São Paulo e Curitiba desde 2010. Contudo, ao contrário de Luiz Argôlo, que perdeu direito a foro privilegiado desde 1º de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato não tem poder de convocar Mario Negromonte para depor. É que, segundo a Constituição, conselheiros de tribunais de contas dos estados e municípios só podem ser processados pelo Superior Tribunal de Justiça. Fonte: Bocão News.
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