O requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras foi apresentado ontem (3) pela oposição com a assinatura de 182 deputados. Inicialmente, os oposicionistas tinham divulgado que o pedido tinha o apoio de 186 parlamentares, sendo 53 de membros de partidos aliados ao Palácio do Planalto. Após a conferência de assinaturas, o número caiu para 52. Entre os governistas – pelo menos no papel – estão os deputados Tiririca (PR-SP), novatos como Sérgio Reis (PRB-SP) e Clarissa Garotinho (PR-RJ) e já conhecidos adversários de Dilma Rousseff, como Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Apesar de fazerem parte de partidos aliados ao Palácio do Planalto, os deputados reeleitos que assinaram a lista costumam adotar postura independente ou até de oposição a Dilma. Integrantes da bancada do PMDB, por exemplo, que tem o vice-presidente da República, Michel Temer, e seis ministros, deram dez assinaturas à oposição. O PSD, que agora ocupa o Ministério das Cidades, também entrou em peso. Da mesma forma o PDT, responsável por 14 apoios ao requerimento. A bancada pedetista possui 20 membros e seu líder, André Figueiredo (CE), subscreveu o pedido.
O requerimento pede para que sejam investigadas denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a constituição e a operação irregulares de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico com o fim de praticar atos ilícitos; o superfaturamento e a gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; as irregularidades na operação da Sete Brasil e as irregularidades na venda de ativos da Petrobras na África.
Para uma CPI ser criada, são necessárias ao menos 171 assinaturas – número equivalente a 20% do total de deputados – e fato determinado.
Os deputados de partidos aliados que assinaram a CPI:
Tiririca (PR-SP)
Heuler Cruvinel (PSD-GO)
Sérgio Reis (PRB-SP)
Júlio Lopes (PP-RJ)
Bilac Pinto (PR-MG)
Luiz Nishimori (PR-PR)
Clarissa Garotinho (PR-RJ)
Ricardo Izar (PSD-SP)
Sérgio Brito (PSD-BA)
Marx Beltrão (PMDB-AL)
Sóstones Cavalcante (PSD-RJ)
Lincoln Portela (PR-MG)
Silas Câmara (PSD-AM)
Sergio Vidigal (PDT-ES)
Ronaldo Lessa (PDT-AL)
Alexandre Serfiotis (PSD-RJ)
Major Olímpio Gomes (PDT-SP)
Welligton Roberto (PR-PB)
Darcísio Perondi (PMDB-RS)
Joaquim Passarinho (PSD-PA)
Francisco Chapadinha (PSD-PA)
Fernando Jordão (PMDB-RJ)
Soraya Santos (PMDB-RJ)
Sergio Zveiter (PSD-RJ)
Jéssica Sales (PMDB-AC)
Josi Nunes (PMDB-TO)
Geraldo Resende (PMDB-MS)
Jerônimo Goergen (PP-RS)
Flávia Morais (PDT-GO)
Pompeo de Mattos (PDT-RS)
Abel Salvador Mesquita Junior (PDT-RR)
Odelmo Leão (PP-MG)
Marcelo Matos (PDT-RJ)
José Nunes (PSD-BA)
Leonardo Quintão (PMDB-MG)
Carlos Henrique Gaguim (PMDB-TO)
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Goulart (PSD-SP)
Marcos Rogério (PDT-RO)
André Figueiredo (PDT-CE)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Julião Amin (PDT-MA)
Subtenente Gonzaga (PDT-MG)
Wolney Queiroz (PDT-PE)
Evandro Rogério Roman (PSD-PR)
Fausto Pinato (PRB-SP)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
Danilo Forte (PMDB-CE)
Mario Heringer (PDT-MG)
Ronaldo Fonseca (Pros-DF)
Anderson Ferreira (PR-PE)
Wilson Filho (PTB-PB)
Fonte: Congresso em Foco
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