Sete meses depois da morte de Douglas Rafael da Silva Pereira, o dançarino DG do Bonde da Madrugada, que participava do programa “Esquenta!”, apresentado por Regina Casé, o caso volta a gerar polêmica. Durante uma mesa redonda em um evento em comemoração ao dia da Consciência Negra, nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, a mãe de DG, Maria de Fátima, detonou Regina Casé, ao responder uma pergunta sobre o tratamento dado pela imprensa à cobertura da morte do filho, que foi encontrado morto com um tiro, no dia 22 de abril, na comunidade do Pavão-Pavãozinho.
“A mídia usou todo tempo a imagem do meu filho. 72h da morte dele, do enterro, houve um convite. Praticamente me arrancaram da minha casa me levando para a TV e limitaram o que eu devia falar, a senhora Regina Casé e a produtora do programa”, contou Maria de Fátima, que disse ainda que a apresentadora “é uma farsa, ela é uma artista. Ela é uma mentirosa”. A mãe de DG criticou ainda o tratamento recebido na emissora, disse que o camarim era apertado e que “colocaram um cocho com feno, porque aquela comida é horrorosa”, além de afirmar que ficou trancada até o início do programa.
“Ela [Regina Casé] me deixou no palco quando terminou programa. (…) Minha família foi expulsa da praça de alimentação, porque estava todo mundo com fome, comendo com o próprio dinheiro. Foram botados pra fora para entrar nas vans, e eu fiquei esperando ela, como estou esperando até hoje”, revelou a mãe de DG, que disse ainda ter recebido de uma funcionária da Globo, uma agenda escrita a mão, com instruções. “Dizia: ‘não pode falar que foi a polícia, solta as fotos sensacionalistas para a mãe chorar’. Eu posso provar. Segundo Maria de Fátima, a agenda dizia ainda que “é pra falar pobre se matando, deixa a mãe do DG e o Carlinhos de Jesus falar da policia, mais ninguém. Ai embaixo solta as fotos sensacionalistas. (…) Em nenhum momento vocês viram ela falar de violência contra a polícia, e toda vez que eu mencionava falar eu era cortada”.
As revelações não param por ai. Revoltada, a mulher diz ainda que seu advogado pediu a agenda e nunca mais quis devolver. “Mas antes de eu entregar pra ele, que não sou tola, eu tirei xerox dela e espalhei”, conta, revelando ainda o conteúdo da segunda pagina, onde Casé teria escrito: “Nunca foi minha vontade fazer programa pra pobre, nem periferia. A minha vontade era fazer vanguarda, mas o Boninho não deixou”. Fonte: Bahia Notícias.
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