O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, concluiu que algumas empreiteiras investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato entregaram notas fiscais e contratos falsos para justificar os repasses às empresas de fachada, comandadas pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo a decisão que determinou as prisões executadas nesta sexta-feira (14), Moro solicitou que as empresas investigadas por envolvimento com o doleiro apresentassem defesa, mas uma parte delas omitiu os dados ou apresentou documentos falsos para justificar os serviços, que não foram executados. “No mínimo, apresentando a documentação falsa em juízo, deveriam ter esclarecido o seu caráter fraudulento. Jamais poderiam simplesmente apresentar documentos fraudados ao Judiciário, sem desde logo esclarecer a natureza deles. Se as empreiteiras, ainda em uma fase inicial da investigação, não se sentiram constrangidas em apresentar documentos falsos ao Judiciário, forçoso reconhecer que integridade das provas e do restante da instrução encontra-se em risco, sem uma contramedida”, disse o juiz. No texto, o magistrado cita que a Polícia Federal informou que Meire Pozza, ex-contadora de Youssef, foi coagida por um emissário ligado a uma das empreiteiras investigadas. Em depoimento à Comissão Parlamentara Mista de Investigação (CPMI) da Petrobras, Meire disse que emitia notas fiscais falsas em nome das empresas que mantinham relações com Youssef. Na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação. Informações da Agência Brasil. Fonte: Bahia Notícias.
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