O vereador de Salvador, Átila do Congo (PMB), que protagonizou uma discussão acalorada com as parlamentares mulheres da casa, nesta quarta-feira (19), durante uma sessão, e foi acusado de machismo por elas, faltou a mais da metade das sessões da Câmara da capital em 2024. Os dados são do portal da transparência do legislativo municipal.
Segundo informações constantes no site da Câmara, de janeiro até agora foram realizadas 34 sessões e o vereador esteve ausente em 18, o que corresponde a 53%.
Nas sessões geralmente são debatidos projetos de lei e discutidos temas de relevância para a cidade.
Entre os vereadores com mais de 10 faltas estão Alfredo Mangueira (Republicanos), Debora Santana (PDT) e Anderson Ninho (PDT).
Discussão na Câmara
Nesta quarta-feira (19), após a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), do mandato coletivo Pretas por Salvador, chorar ao ser interrompida pelo vereador Paulo Magalhães Júnior (União Brasil), o vereador Átila do Congo (PMB) chamou a colega de vitimista.
Átila,que é presidente do Partido da Mulher Brasileira em Salvador, afirmou que na sociedade atual os homens estão sendo “demonizados”.
O discurso do vereador gerou um descontentamento generalizado entre as parlamentares da casa e de todos os espectros políticos. As vereadoras Ireuda Silva (Republicanos), Débora Santana (PDT), Cris Correia (PSDB), Marcelle Moraes (União) e Roberta Caires (PDT) saíram em defesa de Laina.
Por Lucas Pacheco/BNews