Neste domingo (25), os olhos do mundo se voltaram para o Brasil, com a Avenida Paulista, icônico cenário de manifestações políticas em São Paulo, tornando-se o palco do “Ato Pela Democracia”, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Correspondentes internacionais estiveram presentes para transmitir a grande mobilização.
Bolsonaro, quando usou as redes sociais como ferramenta de convocação, fundamentou o movimento em uma ampla defesa do Estado Democrático de Direito e dos princípios fundamentais da Constituição. Em resposta, mais de 100 autoridades políticas acenaram positivamente ao chamado, incluindo governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo, Romeu Zema (NOVO) de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (UNIÃO) de Goiás e Jorginho Melo (PL) de Santa Catarina, além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
A adesão massiva ao ato, que reuniu mais de 750 mil pessoas, conforme dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), chamou a atenção da mídia internacional, que se impressionou com a magnitude da mobilização. Veículos de comunicação de todo o mundo destacaram a grandiosidade da festividade pela democracia na Avenida Paulista, descrevendo o mar de pessoas vestindo predominantemente as cores verde e amarelo.
O jornal francês Le Monde questionou se o evento representava a “última resistência ou um retorno político”, enquanto o espanhol El Mundo descreveu a manifestação como uma “marcha massiva em apoio a Bolsonaro”.
O argentino La Gaceta afirmou que o bolsonarismo no Brasil enfrenta ‘perseguição’ e que isso tem gerado uma onda de insatisfação, como evidenciada nos protestos da Paulista.
O portal UHN Plus, por sua vez, classificou a manifestação como uma ‘mobilização histórica’ em oposição à ‘ditadura de tiranos’, apontando um despertar dos grandes protestos em meio à pandemia da Covid-19 e às medidas do Supremo Tribunal Federal (STF).
O tabloide polonês Visegrád 24 exibiu imagens aéreas do evento, relatando que mais de 1 milhão de pessoas ocuparam as ruas da Paulista, descrevendo a marcha como um marco na história do Brasil.
As mídias israelenses também deram luz ao apoio enfático de Bolsonaro ao Estado de Israel, com bandeiras e declarações firmes contra o terrorismo que assola o país.
Na imprensa britânica, veículos como Daily Mail, Independent e Guardian noticiaram o evento. O Daily Mail ressaltou que Bolsonaro “ainda é considerado o líder da oposição e é adorado por seus fervorosos apoiadores”.
O Independent destacou a contínua popularidade do ex-presidente no Brasil, apesar de uma série de investigações políticas do Supremo. Já o Guardian retratou a participação de “dezenas de milhares de pessoas” na manifestação em apoio ao ex-presidente, dando ênfase na multidão que tomou a Avenida Paulista e ruas adjacentes.
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