O comandante da embarcação que virou, causando a morte de oito pessoas, disse que não pode voltar à Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), por estar sendo ameaçado. Fábio Freitas declarou que não pôde ir à cidade, onde mora há muitos anos, nem para participar do velório nem do sepultamento da filha e do neto, duas das vítimas do naufrágio.
“Estou sendo ameaçado lá. Não posso nem ir lá. Perdi minha filha, perdi meu neto”, disse Fábio Freitas à TV Bahia. A situação também foi relatada pela esposa de Fábio Freitas. Na entrevista, o responsável pelo barco disse que a confusão motivou a virada do barco.
Freitas também afirmou que tentou evitar a entrada na embarcação de pessoas desconhecidas que, segundo ele, acabaram se envolvendo na briga. O comandante declarou ainda que não trabalhava com frete nem cobrou taxa para levar os passageiros. “Eu nunca fretei ele [o barco] para ninguém”, afirmou.
O advogado que representa o dono do barco, Elder Costa, relatou que foi até a delegacia de Madre de Deus, para acompanhar o cliente, mas não foi recebido pelas autoridades.