Um contrato milionário chamou a atenção dos camaçarienses. A Prefeitura de Camaçari, abriu um processo licitatório tendo como objeto a contratação de link de internet e segurança cibernética para o município.
A Prefeitura fechou um contrato com a empresa PR NET que ficou em quinto colocado no valor de R$ 106.849 milhões, 960% mais caro do que o serviço prestado pela atual.
Atualmente, Camaçari conta com os serviços da ITS Brasil, com um contrato no valor de R$ 10 milhões.
No total, cinco empresas concorreram à licitação, mas três foram finalistas. Com lance de 27.232.000, a OI foi desclassificada por estar em processo de recuperação judicial. A ITS, que já prestava serviço na cidade por R$ 10 milhões e ofereceu o lance de R$27.260 milhões, foi desclassificada e perdeu para a quinta colocada, que apresentou o valor de R$ 106.849 milhões.
Ativa desde 2017, a PR Net, que funciona no bairro Renascer – Phoc II, em Camaçari, é registrada em nome de Patrick Roberto Conceicão Oliveira e Rosangela Ferreira Conceicão, como sócia administrativa.
No site oficial a PR NET se apresenta como empresa de “pequeno porte” com capital social de R$ 10 mil.
O vereador de oposição, Tagner Cerqueira (PT), disse que essa licitação deixou a população preocupada.
“Essa licitação assustou toda a cidade. Nós estamos bastante preocupados, porque está muito evidente que é um processo licitatório viciado. Há direcionamento. Como é que uma empresa como a ITS, que é reconhecida por sua capacidade técnica, é desclassificada? É exorbitante o contrato sair de 10 milhões de reais para 106 milhões de reais”, comentou Tagner.”
O vereador afirma que já solicitou oficialmente a prefeitura todos os documentos relativos ao processo licitatório e garantiu que, caso a prefeitura de Camaçari resolva homologar o contrato, a Justiça será acionada.
“Estamos fiscalizando. Estamos atentos. Ele ainda não formalizou o contrato e esperamos que ele não homologue. Caso ele homologue, iremos à Justiça para denunciar o direcionamento da licitação. Está comprovado o vício, o direcionamento e o superfaturamento desse contrato. É preciso ter bom uso do dinheiro público da cidade, ter cuidado com a verba pública”, concluiu Tagner.