Em 2017, a Polícia Federal encontrou 51 milhões de reais escondidos em um apartamento alugado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador. Ele foi condenado a 14 anos de prisão, passou 1010 dias preso, está em liberdade condicional e, agora, de volta à política, como mostra uma reportagem de VEJA publicada em sua última edição. Durante o processo, o ministro sempre negou que a bolada lhe pertencesse.
Recentemente, no entanto, Geddel admitiu que o dinheiro era dele e seria usado na campanha eleitoral para o governo da Bahia em 2018. “Eu reconheço que meu grave equívoco foi ter colocado o desejo de chegar a governador da Bahia acima dessa visão. Estou pagando o preço”, afirmou o ex-ministro em entrevista no PodZé, no entanto, revelou a origem dos recursos ou os eventuais destinatários. “Qual era a alternativa? Ia ter que chamar 500 pessoas aqui para se explicar. Eu não queria isso, não quero isso e vou morrer sem querer. Deixa eu continuar carregando aquilo que meu destino, a circunstância e a inabilidade colocaram sobre meus ombros”, disse.
Geddel montou uma empresa de consultoria, participa de reuniões com empresários, concede entrevistas a emissoras do estado e está ativo nas redes sociais. Nas rodas de conversa, é recorrente o questionamento sobre sua intenção em voltar a disputar um mandato. Da última vez que essa pergunta foi feita, Geddel saiu-se com essa: “Cabe ao eleitor julgar se quer ou se não quer. Lula passou 580 dias no xilindró. Às vezes me perguntam: ‘qual a diferença sua para Lula?’ Passamos no mesmo hotel”. O hotel a que Geddel Vieira se refere é a penitenciária.
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