O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, realizou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (8) em Brasília (DF) em que anunciou oposição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 2023. O cacique também revelou que convidou o presidente Jair Bolsonaro (PL) para um cargo de presidente de honra na sigla.
“O PL não renunciará às suas bandeiras e ideais. Será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente. O Partido Liberal seguirá mais forte do que nunca na busca pela construção de uma nação unida”, declarou.
“Hoje nós queremos que ele comande nosso partido. Queremos Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para levar nosso partido a um patamar mais importante. Fizemos a maior bancada de deputados e senadores graças ao presidente Bolsonaro. Jamais pensei que pudesse construir sozinho uma bancada desse nível”, acrescentou.
Questionado sobre se irá seguir Bolsonaro se ele questionar o resultado nas urnas, Valdemar disse que irá “segui-lo no que for preciso” e que irá aguardar o relatório das Forças Armadas sobre as eleições, “se tiver algo concreto nas mãos”. Segundo ele, “Bolsonaro é nosso capitão”.
Valdemar também comentou sobre a proposta do PT para custear promessas de campanha. O dirigente disse que discutiu o assunto com Bolsonaro e que pretende conversar com a bancada do PL nos próximos dias. Caso a proposta seja “boa para o país”, o partido pode votar a favor, garantiu ele.
Sobre a eleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Valdemar disse que apoiará a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), desde que haja um acordo para que o PP dê respaldo a um candidato do PL à presidência do Senado. A partir do ano que vem, a bancada do PL será a maior da Casa Alta, com 14 senadores.
Derrotado e sem cargo público pela primeira vez em 34 anos a partir de janeiro de 2023, Bolsonaro terá toda estrutura necessária para seguir seu projeto político no PL. Segundo Valdemar, o atual presidente deverá viajar pelo Brasil. Seu salário ainda não está definido, mas o cacique garante que irá pagar “o maior valor que puder”.
“A estrutura vai ser a que ele necessitar. É muito importante que ele corra o Brasil para que a gente consiga atingir nossos objetivos”, respondeu. “Não discutimos isso, não discutimos com Bolsonaro [o salário]. Mas quero pagar o maior valor que puder. Porque um cabo eleitoral com 58 milhões de votos não é fácil. Ele vai ter toda a estrutura que precisar para correr o Brasil”, garantiu.