Um crime que aconteceu em São Paulo nesta semana foi noticiado por muitos jornais no país, inclusive o G1, dando ênfase que o assassino era CAC (colecionador de armas). De fato Ezequiel Ramos, tem o registro de colecionador, mas ao contrário do viés, que a mídia tentou colocar na narrativa que o criminoso era bolsonarista por ter porte de arma, não se sustentou muito. Após a notícia viralizar, vários perfis no Twitter colocaram fotos do assassino com tatuagem do ex-presidente Lula.
A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão preventiva do homem, detido em flagrante após matar a tiros a ex-mulher e o filho caçula em frente a uma escolinha na Zona Leste de São Paulo na segunda-feira(12). O crime foi gravado por uma câmera de segurança.
O vídeo mostra o momento que Ezequiel Lemos Ramos, de 38 anos, aparece correndo a pé pela Avenida Rodolfo Pirani, no Parque São Rafael. Em seguida, ele atira com uma carabina em direção ao carro onde estavam Michelli Nicolich, de 37, e os dois filhos de 2 e 5 anos.
A vítima tentou fugir com o veículo, um Fiat Uno Branco, mas o bateu em um poste perto da escola infantil O Rei Leão, onde as crianças estudavam.
As imagens ainda mostram o momento em que Ezequiel se aproxima do automóvel e atira novamente. A mulher e o filho mais novo, Luiz Inácio Nicolich Lemos, foram atingidos pelos disparos.
Os dois chegaram a ser socorridos e foram levados para hospitais da região, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. O garoto mais velho sobreviveu. Ele não foi atingido pelos tiros.
De acordo com o comerciante Valdecir Cerqueira, que testemunhou o crime, Michelli pegou os dois filhos na escolinha e entrou no carro. Ezequiel, que estava num Fiat Mobi cinza estacionado do outro lado da rua, saiu do veículo e começou a atirar. A mulher tentou fugir com o automóvel, mas perdeu o controle e colidiu contra um poste.
“Eu presenciei um carro saindo da escolinha e um rapaz atirando no carro até uns 200 metros. Ela perdeu o controle, bateu no poste. Ele chegou e atirou mais ainda. Ele tirou a camisa e falou para o polícia [um policial militar de folga]: ‘Pode ligar pra polícia prender eu em flagrante aí’”, afirmou Valdecir.
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