A candidata a vice-governadora Ana Coelho (Republicanos) afirmou que a ação protocolada por dois candidatos, do sexo masculino, do PSOL é mais uma atitude machista que aparece no cenário político baiano. De acordo com Ana Coelho não existe nenhuma irregularidade no registro da sua candidatura. A informação é do Correio da Bahia.
“A gente sabe que essa medida machista é uma articulação conjunta de quem sequer têm a coragem de colocar a digital nessa ação. Infelizmente, percebo que essa é mais uma reação machista dentro do cenário político, iniciada por pessoas que agem para abafar a voz de mulheres que se dispõem a trabalhar em um ambiente ainda carregado de muito preconceito”, avaliou Ana Coelho.
A ação foi impetrada nessa madrugada pelos candidatos Kleber Rosa (Psol) e Leandro de Jesus (PL). Mas ontem a imprensa já especulava que o Petista Jerônimo Rodrigues estudava entrar com a mesma representação. Para Ana Coelho trata-se de um jogo combinado entre os dois partidos. Um jogo de quem não aceita a presença feminina na política. “Quando aceitei esse desafio, o fiz sabendo que teria que enfrentar obstáculos. Mas nada disso me atinge. Continuo focada na contribuição que posso dar para fazer da Bahia um lugar melhor para toda a população, e na representatividade que minha candidatura reflete”, enfatizou a candidata.
Ainda com informações do advogado Michel Reis, a candidatura de Ana Coelho segue todos os requisitos da legislação eleitoral. A assessoria jurídica ressalta que no período em que a candidata exerceu o cargo de CEO na TV Aratu, questão mencionada na ação protocolada pelo PSOL, não fez absolutamente nada que pudesse beneficiar a sua futura candidatura. O advogado explica que a norma jurídica foi criada para manter o equilíbrio entre os candidatos. “Nesse caso específico não existe nenhum elemento que indique que o cargo ocupado por ela lhe traga alguma vantagem em relação as demais candidaturas”, explicou o advogado. E concluiu: “Só posso enxergar mesmo um preconceito de gênero nessa ação”.