Identificar um falso conservador ou bolsonarista na Bahia é mais fácil do que acertar quem vai ganhar a disputa pelo governo baiano.
Em 2018, a incógnita professora de Feira de Santana, Dayane Pimentel, com um discurso alinhado ao conservadorismo e com a arma na cintura, conquistou 136 mil votos de bolsonaristas.
A traíra conseguiu sustentar a máscara durante todo o período eleitoral, mas bastou ser flagrada jogando contra o presidente para ser desmascarada.
Pois bem, não se pode negar que a traíra deu um show – enganando diversos trouxas, menos eu –, chegando ao ponto de ultrapassar os 100 mil votos.
Depois de quatro anos, o filme se repete, e com vários protagonistas querendo surfar na onda bolsonarista e conseguir o mesmo feito da traíra.
Tem candidato que nunca viu uma arma, mas foi fazer curso de tiro e postar nas redes sociais para dizer ser defensor de uma das pautas conservadoras, à armamentista.
Tem candidato que comete diversos adultérios, alegando ser defensor da família e contra aborto.
Tem candidato que sequer pisa na igreja, ou reza antes de ir dormir, alegando ser cristão.
Tem candidato que se diz conservador, mas senta na mesa para negociar com a esquerda. Seja na Câmara de Salvador, como na Assembleia Legislativa da Bahia.
Enfim, no PL da Bahia tem mais surfista do que bolsonarista.