José Maurício é baiano e mora em Recife, em Pernambuco. Para além do seu local de nascimento, José terá para sempre uma ligação com a Bahia. Após ficar cego por 14 anos, José Maurício rezou para Irmã Dulce e voltou a enxergar. Sua cura foi considerada pelo Vaticano o segundo milagre reconhecido por Irmã Dulce, o que transformou a freira baiana em santa.
Nesta segunda-feira (1º) José foi apresentado pela primeira vez ao público como uma pessoa miraculada (aquela que é o objeto de um milagre). José participa da cerimônia nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) que divulgou que no dia 13 de outubro deste ano acontecerá, no Vaticano, a cerimônia de canonização de Dulce.
“Ele estará conosco no Vaticano e também no dia 20 de outubro quando, aqui em Salvador, acontecerá uma missa de agradecimento pela canonização de Dulce”, afirmou Maria Rita Lopes Pontes, sobrinha de Dulce e superintendente das Osid.
A informação sobre o tipo de milagre foi confirmada ao CORREIO, com exclusividade, no dia 14 de maio, pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger. Hoje, o Vaticano publicou decreto que reconhece o milagre.
“É uma notícia para lavar a alma. Houve um milagre de uma pessoa que era cega que de uma noite para o dia seguinte começou a ver depois da intercessão da Beata Bem-Aventurada Irmã Dulce dos Pobres”, explicou dom Murilo.
Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914, onde morreu em 22 de maio de 1992. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011 e com o decreto vai se tornar Santa em solene celebração de canonizações. Ainda não há data para a cerimônia.
O processo da causa da Canonização de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000. Um tribunal eclesiástico – formados por médicos, cientistas e religiosos – analisou a graça e identificou o milagre.
“Esse milagre foi estudado no Brasil pelos médicos, foi encaminhado para Roma (Itália) e passa por uma comissão severa de avaliação para ver se realmente há fundamento na concepção que foi um milagre. É uma comissão muito severa e os médicos não precisam ser católicos. Passando por essa etapa o milagre segue para uma avaliação dos cardeais que em seguida apresentam o fato ao papa. Foi essa etapa que aconteceu ontem e o papa mandou que fosse publicado o decreto como milagre”, argumenta dom Murilo.
Fonte: Correio.
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