Os professores das universidades estaduais da Bahia (Uneb), Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste do estado (Uesb) não estão satisfeitos com a determinação do governador Rui Costa (PT), que decidiu liberar R$ 36 milhões para investimento nas quatro instituições baianas. Os docentes decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira (9).
De acordo com o coordenador da Associação de Docentes da Uefs e do Fórum das Associações de Docentes, que representa os professores das quatro universidades estaduais, o professor André Uzeda, a proposta do petista não atende as demandas do movimento.
“O governo liberou esses R$ 36 milhões para as obras. Não existe nada para recurso de pessoal e direitos. O que ele fez ontem foi atacar o movimento sindical. Ele já fez isso no final de semana e voltou a fazer agora”, disse o representante da categoria ao bahia.ba.
Para Uzeda, a tendência é que a greve continue. “Não vejo formas para negociar e, por isso, vamos continuar”, declarou. Os professores realizam um novo ato na quinta-feira (11).
Com as suspensão das atividades, pelo menos 30 mil estudantes estão sem aula.
Reunião com os reitores
O governador se reuniu com representantes de universidades baianas na segunda-feira. Ele pediu a liberação imediata de R$ 36 milhões para investimento nas quatro universidades estaduais baianas.
No encontro, estiveram presentes os reitores Evandro do Nascimento Silva (UEFS), Adélia Maria Pinheiro (UESC), Luiz Otávio Magalhães (UESB) e José Bites de Carvalho (UNEB).
Na ocasião, o governador também anunciou que publicará projeto de lei redistribuindo 68 vagas do quadro do magistério da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), gerando a possibilidade para a promoção de até 151 professores.
Por Milena Teixeira
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