Já deu para perceber, parece, qual será o padrão ético da “nova política” caso Marina Silva se eleja presidente, com Beto Albuquerque como vice. Eis que o ainda deputado, um dos capas-pretas do PSB e homem que era muito próximo de Eduardo Campos, afirma, para espanto geral, que o avião-problema — aquele que voava no caixa dois e está enredado numa porção de crimes — não é problema do PSB.
Não? Então é problema de quem? Dos coitados que viram aquela estrovenga cair sobre suas propriedades? Do conjunto dos brasileiros, que pode ver chegar ao poder um partido incapaz de dizer a origem do avião que servia à sua campanha?
Disse ele: “Isso está bastante claro. A compra do avião não é um problema nosso. Devem-se buscar os proprietários, que têm nome, sobrenome e endereço. Os custos [do uso do avião] serão lançados na prestação de contas do Eduardo Campos”.
É uma fala indecorosa.
Por Reinaldo Azevedo/Veja
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