A polêmica em torno da “Prainha” de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (19). Durante pronunciamento feito na Assembleia Lagislativa da Bahia (AL-BA), o deputado Marcell Moraes (PV) denunciou uma suposta ameaça feita por membros da Braskem a um líder comunitário da região contrário à obra no Porto Organizado de Aratu. De acordo com o parlamentar, um homem de prenome Elivandro foi convidado para discutir um projeto na sede da empresa. Ao chegar ao local, teria sido intimidado ao ser questionado sobre sua posição contrária à implantação do novo terminal portuário na “Prainha”, uma área de preservação ambiental. No documento entregue a Marcell, Elivandro teria relatado que os representantes da Braskem chegaram a apresentar um dossiê sobre sua vida, dizendo que ele trabalhava na Embasa e sugerindo que poderiam prejudicá-lo por meio de contratos com o governo do Estado. “Não admitirei isso e defenderei até o último instante o direito de todos se manifestarem contrários a este projeto absurdo de acabar com a ‘Prainha’. A Braskem acha que está em terra de ninguém. Chamar um líder comunitário respeitado à sua sede para fazer ameaças? O governador precisa responder e dizer se esta ameaça de prejudicar Elivandro na Embasa tem algum fundamento. É grave e precisa ser apurado”, cobrou o deputado. A polêmica em torno da “Prainha” começou por causa de um ato do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos que modificou a identificação da região como área de proteção ambiental, o que permitiu o projeto de construção do terminal portuário. O ato foi questionado pela prefeitura de Candeias e, posteriormente, a Justiça suspendeu a construção do porto. Em agosto, a própria Braskem teria desistido do projeto por causa da rejeição de uma comunidade quilombola.
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